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Governo diz-se confiante para enfrentar fim das moratórias
O ministro reiterou que há disponibilidade do Estado para "lidar com esta situação".
O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, mostra-se otimista quanto à capacidade de enfrentar o final das moratórias, que está marcado para o final de setembro.
"Estamos convencidos que temos os instrumentos necessários para podermos encarar o fim das moratórias com confiança", afirmou o ministro, na conferência "O efeito esperado do inevitável fim das moratórias", organizada pela Ordem dos Economistas.
O ministro reiterou que há disponibilidade do Estado para "lidar com esta situação", e apresentou essencialmente dois caminhos. Por um lado, defende que deverão existir discussões entre as empresas e os bancos "sobre a possibilidade de adequarem em cada momento a sua dívida anterior sob moratória às circunstancias que parecem razoáveis de retoma". Neste eixo, o Estado poderá garantir uma parte da dívida, na condição das instituições concederem "a carência necessária às empresas" e "a extensão de maturidade adequada".
Por outro lado, Siza Vieira garante que o Governo se dispõe a fazer apoios de capital, quer através de instrumentos híbridos quer através de reformas, "até porque reservou no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência uma verba significativa para recapitalizar as empresas", a qual pode vir a ser reforçada "à medida que as necessidades surjam".