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G7 vai doar mil milhões de doses aos países mais pobres
Podem parecer muitas, mas alguns críticos desvalorizam o número e apontam a necessidade de 11 mil milhões de doses. EUA e Reino Unido avançam com 600 milhões de doses, mas ainda não se sabe quem vai doar as outras.
Os líderes de sete das economias mais poderosas do mundo chegaram a um acordo para uma doação conjunta estimada em cerca de mil milhões de doses de vacinas contra a covid-19 aos países em maiores necessidades.
Através de Joe Biden os Estados Unidos tinham-se já comprometido com 500 milhões de doses em doações e a cimeira do G7, que está a decorrer por estes dias no sul de Inglaterra, levou a que as outras seis economias aceitassem igualar a proposta americana.
Até agora, apenas Boris Johnson, o primeiro-ministro inglês, anunciou que o país vai contribuir com "pelo menos" 100 milhões de doses, ficando por acertar quem vai doar os 400 milhões em falta.
O conglomerado que abrange ainda Canadá, França, Itália, Japão e Alemanha acredita que uma aposta conjunta é a melhor maneira de vencer a pandemia e ajudar o mundo a recuperar da crise por ela imposta, mas alguns críticos apontam que a proposta fica aquém das necessidades.
É o caso da Oxfam, uma associação de 19 organizações de solidariedade social presente em mais de 90 países que considera que "se o melhor que o G7 consegue fazer é doar um milhar de milhão de doses de vacina, então esta cimeira terá sido um fracasso". Em vez disso, defendem, o mundo precisará de 11 mil milhões de doses.
Para além das doações de vacinas estão também em discussão planos para a construção de infraestruturas e ajudas ao desenvolvimento de países africanos. A ideia é que o bloco possa oferecer aos países menos desenvolvidos de África, Ásia e América Latina uma alternativa à China que tem proliferado nestas regiões.
Esta é a primeira vez que os líderes do G7 se reunem cara a cara nos últimos dois anos depois da cimeira agendada para 2020 ter sido cancelada e realizada remotamente. O evento começa esta sexta-feira e estende-se até domingo.