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Estudo revela anticorpos para o vírus em mais de 4% dos habitantes de Wuhan
Cerca de 4,4% dos cidadãos em Wuhan, a cidade no centro da China onde foram detetados os primeiros casos de covid-19, têm anticorpos contra o novo coronavírus SARS-CoV-2, segundo um estudo divulgado hoje.
O estudo, realizado pelo Centro de Controlo de Doenças (CDC) do país asiático, baseia-se numa amostra de cerca de 34.000 pessoas, em Wuhan, nas restantes cidades da província de Hubei, da qual Wuhan é capital, e em seis outras regiões que, juntas, somam mais de 341 milhões de habitantes: Pequim (norte), Liaoning (nordeste), Guangdong (sudeste), Sichuan (centro) e Xangai e Jiangsu, ambas no leste do país.
Em Wuhan, 4,4% dos participantes revelaram anticorpos contra o vírus. Nas restantes cidades de Hubei, aquela cifra fixou-se em 0,44%.
Hubei, e especificamente a sua capital, é de longe a área que mais casos registou na China.
Nas demais áreas analisadas, onde foram realizados testes sorológicos junto de 12 mil pessoas, apenas em duas refiões foi detetada a defesa contra o agente infeccioso.
"Os resultados da pesquisa mostram que o nível de infeções entre a população da China é baixo, indicando que o controlo da epidemia, com Wuhan como principal frente de batalha, foi bem-sucedido e preveniu efetivamente a propagação em larga escala", apontou o CDC, na sua conta oficial na rede social WeChat.
Apesar de alguns surtos esporádicos - que aumentaram nas últimas semanas - a China mantém a epidemia praticamente sob controlo há vários meses.
Segundo dados oficiais, desde o início da pandemia, o gigante asiático detetou quase 87 mil casos de covid - embora esta estatística não inclua os assintomáticos - e 4.634 mortes.