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Escolas vão continuar abertas durante o confinamento

O Governo decidiu manter em funcionamento, tal como até agora, todos os estabelecimentos de ensino. O primeiro-ministro diz ter ouvido famílias e professores e invoca os custos para o processo educativo para justificar a decisão.

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13 de Janeiro de 2021 às 18:47
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A partir desta sexta-feira o país vai de novo para confinamento, com recolhimento domiciliário obrigatório, reforço do teletrabalho, mas escolas e demais estabelecimentos de ensino vão continuar abertos. O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo primeiro-ministro, António Costa, no final da reunião do Conselho de Ministros que decidiu as novas medidas de combate à Covid-19. 

"As regras são essencialmente as mesmas" que vigoraram durante o primeiro confinamento, em março e abril de 2020, mas "com uma exceção que se prende com o calendário democrático das eleições presidenciais" e também "com a necessidade de não voltarmos a sacrificar a atual geração de estudantes" pelo que "iremos manter em pleno funcionamento todos os estabelecimentos educativos", declarou António Costa. 

A questão da escola, reconheceu o primeiro-ministro, "divide a comunidade científica, mas une a comunidade educativa". Por isso, "depois de ouvir representantes das famílias, diretores de escolas, profissionais e de avaliarmos as consequências para o processo educativo do ano passado, não podemos repetir este ano a mesma regra" de interromper o ensino presencial, como aconteceu na primeira vaga.

Questionado sobre se admite rever a decisão relativamente às escolas dentro de duas semanas, António Costa optou por insistir que "até agora as escolas têm tido um comportamento exemplar e têm sido um fator exemplar de contenção da pandemia" em ambiente escolar. "Todos os aumentos de contaminação que temos tido têm coincidido, aliás, com períodos de férias escolares e não de funcionamento das escolas. Foi assim em setembro, foi assim agora, nas férias do Natal", disse o primeiro-ministro.

 

"Verificámos ao longo de todo o primeiro período que o número de surtos nas escolas foi diminuto e o número de casos reportado não teve um peso significativo", insistiu. "A escola é um local seguro e o ensino presencial é fundamental para a aprendizagem. Sabemos os custos que as crianças sentiram no ano letivo anterior, não obstante o esforço que todos os professores fizeram" e agora "o primeiro período correu muito bem e não há evidência que corra mal".

 

"Tendo de pesar os prós e contras, entendemos que os prós claramente superam os contras. Sacrificar de novo o ano letivo seria altamente prejudicial", pelo que, "com as cautelas que tornaram a escola segura vamos mantê-la em funcionamento", sublinhou. 

O confinamento será, para já, por 15 dias, mas António Costa afirmou já que não acredita que este período de tempo seja suficiente para reverter o crescimento de novos casos de infeção pelo novo coronavírus. 


(noticia atualizada com mais informação)
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