Notícia
Economistas pedem tempo e cautela para reabrir a economia
Gradual, setorial e talvez até regional é assim que deve ser levantado o 'lockdown', disseram hoje os economistas ao Governo. É que uma segunda onda do novo coronavírus pode ser ainda pior para a economia.
Os economistas e académicos ouvidos nesta terça-feira, 14 de abril, pelo primeiro-ministro defenderam que a reabertura da economia portuguesa deve acontecer com cautela, tempo e gradualismo, sob pena de uma nova onda onda da covid-19 vir a ser ainda pior.
"Numa coisa estamos todos de acordo: há que ter alguma cautela no levantamento das medidas", resumiu ao Negócios João Cerejeira. Para o economista da Universidade do Minho, não há oposição entre economia e saúde - uma ideia defendida por outros especialistas - mas há um "risco economico" de abrir cedo demais o confinamento, arriscando a "deitar por terra" a confiança ganha até aqui. "Confiança foi das palavras mais ouvidas", afirma.
"Se o Governo decidir abrir tudo e se continuar a haver problemas sanitários, isto destroi o capital de alguma confiança que se ganhou", afirma, por sua vez, Susana Peralta, da Nova SBE.
Nesse sentido, os economistas admitem a redução das restrições com tempo, de forma gradual, para diferentes setores ou até regiões, mas sempre com base na análise da saúde pública. "Deve-se ir monitorizando numa perspetiva de medidas 'on and off', baseada na evolução do surto", defende Francisca Oliveira, da Universidade Católica do Porto.
Outra preocupação dos economistas é o comportamento social: é importante como o distanciamento e os cuidados de higiene "não se percam", mas também que se recorra ao uso generalizado de máscadas ou diferentes horários de abertura dos serviços, acrescentou a economista do Porto.
Francisca Oliveira admite que no Verão já exista "alguma normalidade", já que o turismo é a grande precoupação para a economia.
No final de uma reunião de cerca de quatro horas, o ministro da Economia, que também participou no encontro, afirmou que o próximo passo será "abrir gradualmente" a economia com "proteção suficiente" para manter a confiança dos cidadãos. "A forma como o país tem gerido a crise projeta uma imagem externa que traz vantagens", defendeu Pedro Siza Vieira.
Para isso, admitiu avaliar o risco dos diferentes setores, lembrando que, ao contrário de outros países, Portugal manteve alguns setores da economia em funcionamento. O Governo não se comprometeu ainda com uma data para começar a reduzir as medidas.
"Numa coisa estamos todos de acordo: há que ter alguma cautela no levantamento das medidas", resumiu ao Negócios João Cerejeira. Para o economista da Universidade do Minho, não há oposição entre economia e saúde - uma ideia defendida por outros especialistas - mas há um "risco economico" de abrir cedo demais o confinamento, arriscando a "deitar por terra" a confiança ganha até aqui. "Confiança foi das palavras mais ouvidas", afirma.
Nesse sentido, os economistas admitem a redução das restrições com tempo, de forma gradual, para diferentes setores ou até regiões, mas sempre com base na análise da saúde pública. "Deve-se ir monitorizando numa perspetiva de medidas 'on and off', baseada na evolução do surto", defende Francisca Oliveira, da Universidade Católica do Porto.
Outra preocupação dos economistas é o comportamento social: é importante como o distanciamento e os cuidados de higiene "não se percam", mas também que se recorra ao uso generalizado de máscadas ou diferentes horários de abertura dos serviços, acrescentou a economista do Porto.
Francisca Oliveira admite que no Verão já exista "alguma normalidade", já que o turismo é a grande precoupação para a economia.
No final de uma reunião de cerca de quatro horas, o ministro da Economia, que também participou no encontro, afirmou que o próximo passo será "abrir gradualmente" a economia com "proteção suficiente" para manter a confiança dos cidadãos. "A forma como o país tem gerido a crise projeta uma imagem externa que traz vantagens", defendeu Pedro Siza Vieira.
Para isso, admitiu avaliar o risco dos diferentes setores, lembrando que, ao contrário de outros países, Portugal manteve alguns setores da economia em funcionamento. O Governo não se comprometeu ainda com uma data para começar a reduzir as medidas.