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Economia chinesa volta a atingir 75% da sua capacidade após um mês da contenção
No gigante asiático, estima-se que as medidas de contenção tenham levado à quebra do produto interno bruto (PIB) em três pontos percentuais.
A economia chinesa demorou um mês, desde a implementação das medidas de contenção para o surto de coronavírus, para voltar a operar a 75% da sua capacidade, estima a Euler Hermes.
Esta subida, de acordo com o comunicado emitido pela COSEC - da qual a Euler Hermes é acionista, marca "um ponto de viragem que deverá traduzir-se num retorno gradual aos valores normais de produção até ao final de abril".
Apesar da retoma esperada, há obstáculos neste caminho, destaca a mesma entidade. O desempenho da China "será condicionada por uma demora na recuperação da confiança dos consumidores (os volumes de transações imobiliárias permanecem ainda 70% abaixo dos níveis normais) e pelo impacto que terão no comércio mundial as medidas de contenção que têm vindo a ser tomadas por todo o mundo".
No gigante asiático, estima-se que as medidas de contenção tenham levado à quebra do produto interno bruto (PIB) em três pontos percentuais. Mais de metade desta quebra (1,8 pontos percentuais) estará relacionada com a redução do consumo privado.
O impacto da epidemia na economia chinesa é substancial mas consideravelmente abaixo daquele sentido na sequência da crise financeira de 2009. Nos dois primeiros meses de 2020, o crescimento do comércio chinês foi o mais baixo desde 2016, e as exportações caíram 17,2% e as importações 4,0%. Em 2009, no espaço de apenas um mês, as exportações desaceleraram -26,5% e as importações -43,1%.