Notícia
ECDC não sugere uso obrigatório de máscaras FFP2 nem proibição de comunitárias
"As provas científicas muito limitadas relativas ao uso de máscaras respiratórias na comunidade não apoiam o seu uso obrigatório em vez de outros tipos de máscaras faciais", defende o ECDC num relatório hoje divulgado.
15 de Fevereiro de 2021 às 14:39
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) não recomenda o uso obrigatório de máscaras respiratórias (FFP2) ou a proibição de máscaras comunitárias (de tecido), mas aconselha idosos e doentes a utilizarem máscaras cirúrgicas em espaços frequentados.
"As provas científicas muito limitadas relativas ao uso de máscaras respiratórias na comunidade não apoiam o seu uso obrigatório em vez de outros tipos de máscaras faciais", defende o ECDC num relatório hoje divulgado.
No documento de atualização sobre as recomendações para máscaras faciais em altura de pandemia, o ECDC não se manifesta contra as comunitárias, dizendo antes que "em áreas com transmissão comunitária da covid-19, recomenda-se o uso de máscara facial médica ou não médica em espaços públicos fechados [...] ou em ambientes exteriores frequentados".
Já recomendado por este centro europeu é que cidadãos suscetíveis de ter uma doença severa relacionada com a covid-19, como idosos ou pessoas com outros problemas de saúde, usem "máscaras faciais médicas como meio de proteção pessoal nos cenários acima mencionados", isto é, espaços frequentados.
A agência europeia de saúde pública sugere também o uso de máscaras cirúrgicas no seio de agregados familiares em que existam "pessoas com sintomas de covid-19 ou que testaram positivo", tanto para estas como para os restantes membros do agregado.
A posição do ECDC surge depois de, face às novas variantes do SARS-CoV-2, países europeus como França ou Alemanha terem imposto a utilização de máscaras cirúrgicas ou FFP2, com maior capacidade de filtragem de partículas, em locais como transportes públicos e lojas, proibindo as máscaras comunitárias (fabricadas de forma artesanal) que não tenham várias camadas de tecido.
No relatório hoje divulgado, a agência europeia adverte mesmo para as "dificuldades em assegurar a adequada adaptação e utilização em ambientes comunitários" das máscaras FFP2, bem como para os seus "potenciais efeitos adversos relacionados com uma menor respirabilidade".
Ainda assim, em termos gerais e "com base na avaliação das provas científicas disponíveis, nenhuma recomendação pode ser feita sobre o uso preferencial de máscaras faciais médicas ou não médicas [comunitárias] na comunidade", insiste o ECDC.
Este centro europeu que tem vindo a aconselhar os países da UE na atual crise sanitária adianta que, no caso das máscaras comunitárias, "é aconselhável que se dê preferência a máscaras que cumpram as diretrizes disponíveis para a eficácia da filtração e respirabilidade", ou seja, que sejam feitas com múltiplas camadas de tecido (duas a três).
O ECDC contextualiza que a utilização de máscaras faciais "deve complementar e não substituir outras medidas preventivas, tais como distanciamento físico, permanência em casa quando doente, teletrabalho se possível, etiqueta respiratória, higiene meticulosa das mãos e evitar tocar no rosto, nariz, olhos e boca".
No início deste mês, a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, disse, em conferência de imprensa, que o ECDC "não apoia o uso de máscaras de proteção FFP2" contra a covid-19 pelo grande público.
Stella Kyriakides, que surgiu na altura com uma máscara FFP2 "por coincidência", sublinhou que o importante é "continuar a encorajar todas as pessoas a usarem máscara, a usarem-na corretamente, e a manter o distanciamento social".
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.400.543 mortos no mundo, resultantes de mais de 108,7 milhões de casos de infeção.
"As provas científicas muito limitadas relativas ao uso de máscaras respiratórias na comunidade não apoiam o seu uso obrigatório em vez de outros tipos de máscaras faciais", defende o ECDC num relatório hoje divulgado.
Já recomendado por este centro europeu é que cidadãos suscetíveis de ter uma doença severa relacionada com a covid-19, como idosos ou pessoas com outros problemas de saúde, usem "máscaras faciais médicas como meio de proteção pessoal nos cenários acima mencionados", isto é, espaços frequentados.
A agência europeia de saúde pública sugere também o uso de máscaras cirúrgicas no seio de agregados familiares em que existam "pessoas com sintomas de covid-19 ou que testaram positivo", tanto para estas como para os restantes membros do agregado.
A posição do ECDC surge depois de, face às novas variantes do SARS-CoV-2, países europeus como França ou Alemanha terem imposto a utilização de máscaras cirúrgicas ou FFP2, com maior capacidade de filtragem de partículas, em locais como transportes públicos e lojas, proibindo as máscaras comunitárias (fabricadas de forma artesanal) que não tenham várias camadas de tecido.
No relatório hoje divulgado, a agência europeia adverte mesmo para as "dificuldades em assegurar a adequada adaptação e utilização em ambientes comunitários" das máscaras FFP2, bem como para os seus "potenciais efeitos adversos relacionados com uma menor respirabilidade".
Ainda assim, em termos gerais e "com base na avaliação das provas científicas disponíveis, nenhuma recomendação pode ser feita sobre o uso preferencial de máscaras faciais médicas ou não médicas [comunitárias] na comunidade", insiste o ECDC.
Este centro europeu que tem vindo a aconselhar os países da UE na atual crise sanitária adianta que, no caso das máscaras comunitárias, "é aconselhável que se dê preferência a máscaras que cumpram as diretrizes disponíveis para a eficácia da filtração e respirabilidade", ou seja, que sejam feitas com múltiplas camadas de tecido (duas a três).
O ECDC contextualiza que a utilização de máscaras faciais "deve complementar e não substituir outras medidas preventivas, tais como distanciamento físico, permanência em casa quando doente, teletrabalho se possível, etiqueta respiratória, higiene meticulosa das mãos e evitar tocar no rosto, nariz, olhos e boca".
No início deste mês, a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, disse, em conferência de imprensa, que o ECDC "não apoia o uso de máscaras de proteção FFP2" contra a covid-19 pelo grande público.
Stella Kyriakides, que surgiu na altura com uma máscara FFP2 "por coincidência", sublinhou que o importante é "continuar a encorajar todas as pessoas a usarem máscara, a usarem-na corretamente, e a manter o distanciamento social".
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.400.543 mortos no mundo, resultantes de mais de 108,7 milhões de casos de infeção.