Notícia
DGS: Regras de isolamento para as escolas revistas perto do início das aulas
As normas de isolamento profilático na comunidade escolar vão ser revistas pela Direção-Geral da Saúde (DGS) mais próximo do início das aulas, previsto para setembro, avançou esta terça-feira a diretora-geral da Saúde.
10 de Agosto de 2021 às 16:41
Em abril, a DGS reforçou junto das escolas e delegados de saúde as medidas de vigilância sobre a circulação de novas variantes de covid-19 e a deteção de surtos nas escolas, que previa caso fosse detetado um caso positivo numa turma, devia ser suspensa a sua atividade enquanto se aguardavam os resultados laboratoriais dos testes moleculares (PCR).
Questionada hoje se com a vacinação universal dos jovens, a partir dos 12 anos, anunciada hoje pela diretora-geral da Saúde em conferência de imprensa, em Lisboa, as regras de isolamento vão ser revistas, Graça Freitas afirmou que é uma situação de "difícil decisão".
"Cada agrupamento de escolas articula-se com o agrupamento de Centros de Saúde e tem as respetivas autoridades de saúde que podem sempre perante uma situação concreta e a análise de um risco concreto tomar uma decisão mais ou menos restritiva e, portanto, essa é uma questão que nós veremos também no início do ano letivo", avançou Graça Freitas.
Relativamente à população em geral, afirmou que a DGS está a analisar se vai manter ou não as pessoas vacinadas e as que têm o "esquema misto" (vacinados e pessoas que foram infetadas e têm uma dose da vacina) com isolamento profilático ou se deixa essa questão à consideração das autoridades de saúde que analisam as situações.
"Nós queremos que a nossa vida social e de relação decorra o mais normalmente possível, mas temos que ter aqui o equilíbrio na questão da proteção da saúde pública e da nossa vida social, económica, relacional", salientou Graça Freitas.
Segundo a diretora-geral da Saúde, "o ideal" seria, à medida que as pessoas estiverem completamente vacinadas e com mais 14 dias, "haver um abrandamento, um aligeiramento das medidas de contenção nomeadamente do isolamento profilático, sendo esta matéria que está a ser estudada, assim como o 'timing' em que a questão de abrandar essa medida deve ser colocado.
"Estamos em planalto, não estamos a aumentar, mas também não estamos com uma descida acentuada [de casos] e, portanto, ainda devemos ter algumas cautelas e depois temos que aprender com países que já abrandaram estas medidas e que agora resolveram novamente deixar esse abrandamento", salientou.
"A pandemia é muito volátil e nós temos que nos adaptar", rematou Graça Freitas.
A covid-19 já matou em Portugal, desde março de 2020, 17.502 pessoas e foram registados 990.293 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.