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DGS recomenda vacinação universal de jovens entre 12 e 15 anos contra a covid-19
Graça Freitas anunciou esta terça-feira que a DGS recomenda a vacinação universal contra a covid-19 de todos os jovens entre os 12 e os 15 anos. O objetivo é que as vacinas estejam no terreno a tempo do arranque do ano letivo ou logo a seguir, explicou a diretora-geral de Saúde.
Em conferência de imprensa, Graça Freitas explicou que a decisão técnica agora tomada vem na sequência de novos dados sobre adolescentes vacinados, nos Estados Unidos e União Europeia, que surgiram nos últimos dias. Basicamente, a ideia é que os mais de 15 milhões de adolescentes vacinados confirmam que episódios de miocardite e pericardite são extremamente raros e com evolução clínica benigna, sublinhou a diretora-geral. além disso, não foram reportados novos alertas de segurança com a vacina nestas faixas etárias.
"As vacinas estarão disponiveis para os adolescentes acompanhados pelos progenitores ou tutores legais sem necessidade de prescrição médica", explicou Graça Freitas, sublinhando que "a DGS e a comissão técnica de vacinação continuam a acompanhar a evolução do conhecimento cientifico, podendo atualizar as suas recomendações a qualquer momento".
Depois da recomendação técnica, "a parte logística faz o seu trabalho", pelo que "a partir deste momento está aberto o caminho" para se avançar com o processo de vacinação para as idades em causa. Porém, "não se tenha a expetativa que é hoje que começa", disse a diretora-geral.
Início da vacinação ainda não está definido
A diretora-geral não avançou com detalhes logísticos, que ficarão a cargo da comissão técnica da vacinação. À data tudo indica que o esquema será o de duas doses e serão administradas as duas vacinas licenciadas, até agora, para este grupo etário, concretizou ainda. Para levar a vacina, os jovens terão de ser acompanhados por um adulto e não será necessário assinar nenhum termo de consentimento.
Quanto ao facto de a decisão de vacinação universal destas crianças só agora ter sido tomada, Graça Freitas deixou uma explicação: "Há dez dias faltava-nos alguma informação, nomeadamente informação gerada na União Europeia", pelo que "preferimos aguardar uns dias e esperar que saissem mais dados, para consolidar a nossa opinião". Uma opinião que "foi baseada num parecer técnico da Comissão de Vacinação, sobre a qual a DGS não tem qualquer competência, frisou a responsável.
(notícia atualizada com mais informação)