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DGS recomenda vacinação universal de jovens entre 12 e 15 anos contra a covid-19

Graça Freitas anunciou esta terça-feira que a DGS recomenda a vacinação universal contra a covid-19 de todos os jovens entre os 12 e os 15 anos. O objetivo é que as vacinas estejam no terreno a tempo do arranque do ano letivo ou logo a seguir, explicou a diretora-geral de Saúde.

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10 de Agosto de 2021 às 12:19
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A Direção-Geral de Saude decidiu avançar com a recomendação de vacinação universal de todas as crianças entre os 12 e os 15 anos, sem necessidade de consulta ou receita médica, avançou esta terça-feira da diretora-geral de Saúde. Em causa está um universo de cerca de 400 mil pessoas.

Em conferência de imprensa, Graça Freitas explicou que a decisão técnica agora tomada vem na sequência de novos dados sobre adolescentes vacinados, nos Estados Unidos e União Europeia, que surgiram nos últimos dias. Basicamente, a ideia é que os mais de 15 milhões de adolescentes vacinados  confirmam que episódios de miocardite e  pericardite são extremamente raros e com evolução clínica benigna, sublinhou a diretora-geral. além disso, não foram reportados novos alertas de segurança com a vacina nestas faixas etárias.

Até agora, recorde-se, a recomendação era que entre estas idades, apenas fossem vacinados os jovens com comorbilidades associadas e para os quais uma infeção por covid-19 trouxesse riscos especiais associados. Foi referida a possibilidade de vacinação por recomendação médica, o que criou alguma confusão sobre se os médicos poderiam receitar a vacina a adolescentes saudáveis. A questão fica agora ultrapassada com a decisão da vacinação universal.

"As vacinas estarão disponiveis para os adolescentes acompanhados pelos progenitores ou tutores legais sem necessidade de prescrição médica", explicou Graça Freitas, sublinhando que "a DGS e a comissão técnica de vacinação continuam a acompanhar a evolução do conhecimento cientifico, podendo atualizar as suas recomendações a qualquer momento". 

Depois da recomendação técnica, "a parte logística faz o seu trabalho", pelo que "a partir deste momento está aberto o caminho" para se avançar com o processo de vacinação para as idades em causa. Porém, "não se tenha a expetativa que é hoje que começa", disse a diretora-geral.

Início da vacinação ainda não está definido

As vacinas avançarão antes do inicio do ano letivo? Graça Freitas não se quis comprometer. "Vamos ver, esperemos que sim, mas se não for exatamente antes, será nos dias a seguir", disse. "Mais uma semana ou menos uma semana não terá um impacto negativo importante", sendo que "temos ainda muita gente a vacinar acima dos 16 anos, temos as crianças com comorbilidades" e por isso "deixemos as coisas correr a seu ritmo. Será o mais depressa possivel de acordo com as prioridades que estão estabelecidas". 
A diretora-geral não avançou com detalhes logísticos, que ficarão a cargo da comissão técnica da vacinação. À data tudo indica que o esquema será o de duas doses e serão administradas as duas vacinas licenciadas, até agora, para este grupo etário, concretizou ainda. Para levar a vacina, os jovens terão de ser acompanhados por um adulto  e não será necessário assinar nenhum termo de consentimento.

Quanto ao facto de a decisão de vacinação universal destas crianças só agora ter sido tomada, Graça Freitas deixou uma explicação: "
Há dez dias faltava-nos alguma informação, nomeadamente informação gerada na União Europeia", pelo que "preferimos aguardar uns dias e esperar que saissem mais dados, para consolidar a nossa opinião". Uma opinião que "foi baseada num parecer técnico da Comissão de Vacinação, sobre a qual a DGS não tem qualquer competência, frisou a responsável. 


(notícia atualizada com mais informação)
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