Notícia
Covid-19: Pico superado em quase toda a Europa, Bulgária é exceção
A diretora do Centro Europeu de Controlo de Doenças defendeu que, no processo de desconfinamento deve haver "uma gestão das expectativas das pessoas".
04 de Maio de 2020 às 11:26
A vaga inicial de transmissão da covid-19 na Europa já passou o seu pico, sendo a Bulgária o único país que regista ainda um aumento de casos, indicou hoje a diretora do Centro Europeu de Controlo de Doenças.
Numa videoconferência com a comissão de Saúde Pública do Parlamento Europeu, Andrea Ammon indicou que os dados mais recentes revelam que, "aparentemente, a vaga inicial de transmissão já passou o seu pico, com um declínio generalizado" do número de casos de infeção nos países da União Europeia e do Espaço Económico Europeu mais Reino Unido, e atualmente "só há um país com um aumento da incidência e quatro sem diferenças substanciais".
Instada pelos eurodeputados a nomear os países em questão, a diretora do Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) especificou que o país que ainda regista uma curva ascendente na incidência de transmissão é a Bulgária, enquanto os quatro outros países "sem diferenças substanciais" na incidência de transmissão nos últimos 14 dias são a Polónia, a Roménia, a Suécia e o Reino Unido.
Na sua intervenção, a diretora da agência sediada na localidade sueca de Solna defendeu que, no processo de desconfinamento que começa a acontecer um pouco por toda a Europa face à diminuição da incidência de transmissão do novo coronavírus, deve haver "uma gestão das expectativas das pessoas".
"Isto é uma maratona, não é um sprint. Provavelmente já terão ouvido isto, o que não quer dizer que não seja verdade. As expectativas das pessoas relativamente à situação da pandemia e da duração dos efeitos que continuará a ter nas suas vidas no futuro previsível tem de ser gerida. Isto não vai acabar em breve, e as pessoas devem preparar-se mentalmente para tal. No mesmo sentido, não podemos baixar as nossas guardas durante o levantamento progressivo" das medidas restritivas, argumentou.
"As pessoas devem ser recordadas permanentemente de que este vírus não se vai embora enquanto não tivermos uma vacina", reforçou mais adiante.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 245 mil mortos e infetou mais de 3,4 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (67.674) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,1 milhões), mas por regiões a Europa é a mais afetada, registando mais de 143 mil mortos entre mais de 1,5 milhões de casos, com quatro países europeus a surgirem no topo da lista com mais vítimas mortais a seguir aos Estados Unidos: Itália (28.884 mortos, mais de 210 mil casos), Reino Unido (28.446 mortos, mais de 186 mil casos), Espanha (25.428 mortos, mais de 218 mil casos) e França (24.895 mortos, mais de 168 mil casos).
Em Portugal, morreram 1.043 pessoas das 25.282 confirmadas como infetadas, e há 1.689 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas, o que acontece hoje mesmo em Portugal e diversos outros países europeus.
Numa videoconferência com a comissão de Saúde Pública do Parlamento Europeu, Andrea Ammon indicou que os dados mais recentes revelam que, "aparentemente, a vaga inicial de transmissão já passou o seu pico, com um declínio generalizado" do número de casos de infeção nos países da União Europeia e do Espaço Económico Europeu mais Reino Unido, e atualmente "só há um país com um aumento da incidência e quatro sem diferenças substanciais".
Na sua intervenção, a diretora da agência sediada na localidade sueca de Solna defendeu que, no processo de desconfinamento que começa a acontecer um pouco por toda a Europa face à diminuição da incidência de transmissão do novo coronavírus, deve haver "uma gestão das expectativas das pessoas".
"Isto é uma maratona, não é um sprint. Provavelmente já terão ouvido isto, o que não quer dizer que não seja verdade. As expectativas das pessoas relativamente à situação da pandemia e da duração dos efeitos que continuará a ter nas suas vidas no futuro previsível tem de ser gerida. Isto não vai acabar em breve, e as pessoas devem preparar-se mentalmente para tal. No mesmo sentido, não podemos baixar as nossas guardas durante o levantamento progressivo" das medidas restritivas, argumentou.
"As pessoas devem ser recordadas permanentemente de que este vírus não se vai embora enquanto não tivermos uma vacina", reforçou mais adiante.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 245 mil mortos e infetou mais de 3,4 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (67.674) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,1 milhões), mas por regiões a Europa é a mais afetada, registando mais de 143 mil mortos entre mais de 1,5 milhões de casos, com quatro países europeus a surgirem no topo da lista com mais vítimas mortais a seguir aos Estados Unidos: Itália (28.884 mortos, mais de 210 mil casos), Reino Unido (28.446 mortos, mais de 186 mil casos), Espanha (25.428 mortos, mais de 218 mil casos) e França (24.895 mortos, mais de 168 mil casos).
Em Portugal, morreram 1.043 pessoas das 25.282 confirmadas como infetadas, e há 1.689 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas, o que acontece hoje mesmo em Portugal e diversos outros países europeus.