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Covid-19: Melbourne com recolher obrigatório e Londres pode vir a ter cerca sanitária
Nova vaga está a levar governos a repor restrições e avaliar novas medidas. Planos de Boris Jonhson citados pela imprensa britânica, admitem, em último caso, limitar as saídas e entradas em Londres.
02 de Agosto de 2020 às 11:39
Vitória, o segundo estado australiano com mais população, decretou este domingo o estado de calamidade e impôs o recolher obrigatório na capital Melbourne, de forma a conter a nova vaga de casos de covid-19.
O estado localizado no sudoeste do país já tinha ordenado um confinamento de seis semanas e decidiu agora endurecer as medidas. No domingo foram contabilizados 671 novos infetados e sete mortes.
Durante o recolher obrigatório, entre as 20h e as 5h, só será permitido sair de casa para trabalhar e prestar ou receber assistência. A Austrália conta com 17.895 casos confirmados e 208 mortes provocadas pelo novo coronavírus.
Cerca em Londres é hipótese
Também o Reino Unido regista um aumento do número de casos e o Governo de Boris Johnson está a avaliar um plano de reação que pode passar pelo confinamento de toda a área de Londres, depois da resposta tardia no início do surto ter deixado o primeiro-ministro debaixo de fogo.
Segundo o instituto nacional de estatística (Office for National Statistics) o país regista um aumento do número de infetados, estimando um crescimento de 3200 para 4200 casos na semana passada, com base numa amostra de testes realizados à população, excluindo lares e hospitais.
Boris Jonhson está a avaliar várias medias que, de acordo com o The Telegraph e o Sunday Times, podem passar por uma cerca sanitária em toda a área de Londres, limitada pela auto-estrada M25, com limites à entrada e saída, bem como a proibição de pernoitar na cidade.
As medidas, que só seriam adotadas em último caso e na eventualidade de um crescimento muito elevada da taxa de infeção, incluem ainda a atribuição de pontuações de risco à população entre os 50 e os 70 anos, de forma a determinar a necessidade de confinamento. Em cima da mesa está também um aperto nas regras de quarentena para quem chega ao país de avião.
O Evening Standard contactou Downing Street, que se distanciou das medidas considerando-as "especulativas". Certo é que o Governo pretende evitar a todo o custo um novo confinamento geral do país, preferindo agir a nível local e regional.
Noutros pontos do globo
O número total de infetados com o novo coronavírus na Índia é já superior a 1,75 milhões, após outro pico de contágios de 54.735 registados nas últimas 24 horas, anunciados hoje pelas autoridades de saúde.
O Ministério da Saúde também registou 853 mortes num só dia, totalizando 37.364 desde o início da pandemia.
O México registou mais 784 mortes e um recorde diário de 9.556 infetados com o novo coronavírus, elevando o total de óbitos para 47.472 e o de casos para 434.193, anunciaram as autoridades no sábado.
Segundo a Universidade Johns Hopkins, o México já ultrapassou o Reino Unido em mortes e só é superado pelos Estados Unidos e pelo Brasil, sendo a sexta nação com mais casos.
Os Estados Unidos registaram 1.181 mortos e 61.270 infetados com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo uma contagem independente da Universidade Johns Hopkins.
Os últimos números elevam o total de mortes para 154.319 e o de casos confirmados para 4.611.517.
A China registou 49 novos casos confirmados de coronavírus no sábado, 33 deles contágios locais na região oeste de Xinjiang e na província nordeste de Liaoning, informou hoje a Comissão Nacional de Saúde.
Os números das últimas 24 horas dados representam um aumento de quatro casos em relação a sexta-feira, mas bem abaixo daqueles registados nos três dias anteriores, sempre acima de 100 contágios diários.