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Covid-19 explica a quase totalidade do excesso de mortalidade em Portugal no mês de novembro

Nas quatro semanas de 2 a 29 de novembro registaram-se mais 2.009 óbitos que a média dos últimos anos, sendo que nesse perído morreram 1.915 pessoas com covid-19.

11 de Dezembro de 2020 às 11:28
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Depois de vários meses em que a covid-19 não explicava nem metade do excesso de mortalidade em Portugal, nas últimas semanas a situação alterou-se e agora a pandemia explica a quase totalidade do número de óbitos que se verificam a mais face à média dos últimos anos.

 

Nas quatro semanas de 2 a 29 de novembro registaram-se mais 2.009 óbitos que a média, em período homólogo, de 2015-2019. Segundo revela o relatório semanal do INE, nesse período registaram-se 1.915 óbitos por covid-19, o que representa 95,3% do acréscimo observado.

 

Nas quatro semanas até meados de novembro registaram-se mais 1.556 óbitos do que a média dos últimos anos, sendo que nesse período a covid-19 explica mais de 80% do excesso de mortalidade.

 

Este elevado peso da pandemia no excesso de mortalidade nas semanas mais recentes contrasta com o que se verificava antes da fase mais letal da segunda vaga em Portugal. Em outubro o peso não chegava aos 50% e desde o início da pandemia também era inferior a metade.

 

Os dados revelados hoje pelo INE mostram que entre 2 de março, data em que foram diagnosticados os primeiros casos de covid-19 em Portugal, e 29 de novembro, registaram-se 87.792 óbitos em território nacional, mais 10.776 óbitos que a média, nas semanas homólogas, dos últimos cinco anos. No mesmo período morreram em Portugal 4.505 com a doença, pelo que a covid-19 explica apenas 41,8% do excesso de mortalidade desde o início da pandemia.

 

O relatório publicado esta sexta-feira pelo INE mostra que "mais de 70% dos óbitos foram de pessoas com idades iguais ou superiores a 75 anos" comparando com "a média de óbitos observada no período homólogo de 2015-2019, morreram mais 9.151 pessoas com 75 e mais anos, das quais mais 6.834 com 85 e mais anos".


O INE diz ainda que o maior acréscimo registou-se na região Norte, com exceção da última semana de junho, das primeiras de julho, das últimas de setembro e primeira de outubro em que foi superior na Área Metropolitana de Lisboa.

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