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Covid-19 atira Hertz para insolvência nos EUA e Canadá

A Hertz entregou um pedido de proteção contra credores ao abrigo de um processo de insolvência nos Estados Unidos e no Canadá. Para já ficam de fora atividade na Europa, Nova Zelândia e Austrália.

Reuters
23 de Maio de 2020 às 10:37
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Com mais de um século de existência, a empresa de aluguer de carros Hertz entregou esta sexta-feira um pedido de insolvência, com a companhia a não resistir ao impacto da pandemia da covid-19. Para já o processo apenas inclui as operações nos Estados Unidos e no Canadá, deixando de fora a atividade na Europa, Austrália e Nova Zelândia.

A companhia, cujo maior acionista é Carl Icahn, com uma participação de 39% do capital, está a ser fortemente afetada pelo confinamento, na medida em que o grosso das suas receitas vem do aluguer de carros nos aeroportos, mas com os aviões em terra a Hertz viu-se ficar sem negócio.

"O impacto da covid-19 na procura de viagens foi repentino e dramático, resultando numa queda acentuada nas receitas da empresa e reservas futuras", apontou o grupo em comunicado. A Hertz diz que tomou uma "ação imediata" que dá prioridade à saúde e a segurança dos funcionários e dos seus clientes.

A Hertz tinha, no final de 2019, uma dívida próxima de 19 mil milhões de dólares e cerca de 39 mil colaboradores em todo o mundo. Na sexta-feira, o grupo avançou que cerca de 20 mil pessoas foram demitidas, cerca da metade da sua força de trabalho global.

A companhia tem estado em conversações com os seus credores depois de ter falhado alguns pagamentos que venciam em abril, contudo o montante das obrigações financeiras da empresa aumentaram com o valor dos seus carros a baixar devido à pandemia.

Numa tentativa de acalmar os credores que financiam a sua frota de mais de 500 mil veículos, a Hertz propôs a venda de 30 mil carros por mês até ao final do ano, numa tentativa de levantar cerca de cinco mil milhões de dólares, adiantou fonte próxima do processo à Reuters.


Já a 16 de maio, a companhia tinha substituído Kathryn Marinello por Paul Stone na liderança, mais tarde tinha colocado 10  mil trabalhadores em lay-0ff e tinha alertado para as dificuldades que enfrentava devido às consequências da pandemia no seu negócio.

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