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Covid-19: BE pede ao Governo reforço do processo de vacinação e mais meios no SNS

A coordenadora do BE, Catarina Martins, defendeu hoje, junto do Governo, a necessidade de reforçar o processo de vacinação, profissionais e meios do Serviço Nacional da Saúde, considerando que a Constituição possibilita "tomar as medidas necessárias em qualquer momento".

Miguel A. Lopes/Lusa
23 de Novembro de 2021 às 20:08
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O BE foi o último partido a ser hoje recebido pelo primeiro-ministro, António Costa, a propósito da evolução da pandemia -- para quarta-feira estão marcadas audiências com PSD e PS -, tendo Catarina Martins destacado aos jornalistas que a taxa de vacinação em Portugal "é um instrumento precioso que permitir encarar de outra forma a nova vaga de covid-19".

Das preocupações transmitidas ao Governo, de acordo com a líder bloquista, a primeira "tem a ver com o reforço de vacinação" uma vez que "continuar este esforço pode ser a chave para que o país possa segurar e combater esta nova vaga".

"Transmitimos a nossa grande preocupação com as condições do Serviço Nacional de Saúde. O SNS está muito fragilizado, os profissionais de saúde exaustos, com falta de meios", avisou.

Com uma enorme pressão sobre hospitais e cuidados de saúde primários, para Catarina Martins "é preciso um reforço claro dos meios e dos profissionais do SNS para responder a esta onda, mas também para que continuem e retomem cuidados não covid".

Questionada sobre um eventual plano que o Governo estará a desenhar para tomar medidas apesar da dissolução do parlamento, a líder do BE escusou-se a falar pelo executivo.

"O que também transmitimos ao Governo é que, na verdade, a Constituição da República Portuguesa dá o conforto de saber que é possível tomar as medidas necessárias em qualquer momento", respondeu apenas.

Catarina Martins assumiu a mesma posição de não falar pelo Governo quando questionada sobre se estava a ser equacionada neste momento a vacinação dos mais novos.

"As várias entidades científicas, que têm responsabilidades em política pública, estão a estudar e aguarda-se, aliás, recomendações sobre essa matéria", disse apenas.

Perante a insistência dos jornalistas, a coordenadora do BE explicou que nunca transmitiu "o que dizem órgãos de soberania nas reuniões à porta fechada", o que apelidou de "um hábito errado".

"É público e todos sabemos que as várias entidades estão a estudar e, portanto, todas elas, na Europa, no nosso país, se estarão a preparar para as várias eventualidades", respondeu.

Hoje, antes de iniciar esta ronda com os partidos, numa breve declaração aos jornalistas à margem do 9.º Congresso Nacional dos Economistas, em Lisboa, António Costa recusou antecipar novas medidas para conter a pandemia de covid-19, remetendo um eventual anúncio para quinta-feira, quando se reúne o Conselho de Ministros, e depois de consultados os partidos.

"Hoje não é dia de falar, hoje é dia de ir ouvir os partidos, amanhã continuar a ouvir os partidos e quinta-feira falarei", disse o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro, António Costa, recebe, entre hoje e quarta-feira, os partidos com representação parlamentar sobre a situação epidemiológica em Portugal, num momento em que o país regista um crescimento das taxas de incidência e de transmissão (Rt) da covid-19, antes de o Governo aprovar medidas.



JF/TA // SF

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