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Costa: Confinamento será "muito próximo" do primeiro da pandemia
"Algumas medidas serão publicadas com pouca distância da data da implementação", mas o "calendário da tomada de decisão é complexo" e "vamos cumprir na máxima velocidade", disse o primeiro-ministro.
O primeiro-ministro confirmou esta segunda-feira que o Governo está a ponderar decretar um confinamento que, "com grande probabilidade será muito próximo do que tivemos no primeiro confinamento", em março e abril.
António Costa, que falava na declaração conjunta com o primeiro-ministro grego, reconheceu que as medidas serão anunciadas a pouco tempo de entrarem em vigor, pelo que o Governo admite já o cenário de confinamento idêntico ao primeiro da pandemia, "de modo a que as pessoas se possam ir preparando" para as novas medidas.
"Algumas medidas serão publicadas com pouca distância da data da implementação", mas o "calendário da tomada de decisão é complexo" e "vamos cumprir na máxima velocidade".
Esta terça-feira decorre a reunião no Infarmed com epidemiologistas e o Presidente da República ouve os partidos antes de propor o decreto presidencial do novo estado de emergência. Na quarta-feira o Parlamento aprova o decreto e no mesmo dia o Governo reúne em conselho de ministros para aprovar e anunciar as novas medidas, que devem entrar em vigor logo na quinta-feira.
Costa não detalhou as medidas, mas é quase garantido que o comércio não essencial, restaurantes e cafés vão voltar a fechar, mas que as escolas permanecem a funcionar.
Costa refutou a demora na tomada de decisão sobre o novo confinamento e também a abertura do país no Natal.
Se o Governo tomasse medidas "mais cedo, teríamos feito pior", pois na passada terça-feira o número de novos casos de covid-19 eram substancialmente mais baixos, disse o primeiro-ministro. "Se tivéssemos feito reuniões com os peritos na terça-feira tínhamos tomado medidas com base nos dados de então", reforçou.
"Temos de renovar o estado de emergência de 15 em 15 dias e com base na melhor informação possível", disse Costa.
Quanto ao Natal, "firmámos um contrato de confiança entre todos" e "dissemos que iríamos fazer um encerramento muito severo logo na passagem de ano" e "fazer a avaliação na fase subsequente", assinalou Costa.
"Temos tido um critério de atuar sempre em função da realidade. Sempre que podemos abrir, abrimos. Sempre que temos de fechar, fechamos. É o que temos feito desde março do ano passado e conseguido gerir o desafio de controlar a pandemia e proteger o emprego e o rendimento das famílias", que é um "equilíbrio difícil".