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Primeiras vacinas da Moderna vão para os hospitais privados

A ministra da Saúde confirmou a chegada de novo lote de vacinas da Pfizer e que as primeiras 8.400 doses da Moderna serão aplicadas a profissionais de saúde prioritários dos hospitais privados que estão a colaborar com o SNS.

A ministra da Saúde disse ontem que as primeiras vacinas serão administradas entre 27 e 29 de dezembro.
Rodrigo Antunes/Lusa
11 de Janeiro de 2021 às 11:26
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A ministra da Saúde confirmou esta segunda-feira, 11 de janeiro, a chegada a Portugal de mais 79.950 vacinas da Pfizer/BioNTech, que vão permitir a vacinação de 95.940 pessoas. Vão ser "alocadas maioritariamente" a lares de idosos, ainda a alguns profissionais de saúde do SNS e já a outros de estruturas como o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e a GNR.

 

Já as primeiras 8.400 doses da vacina da Moderna, a segunda a ser aprovada pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), serão entregues durante esta semana e estão destinadas a "profissionais de saúde prioritários de hospitais privados que têm colaborado com o SNS no tratamento e na resposta a doentes covid".

 

A atualização sobre o plano nacional de vacinação, que arrancou a 27 de dezembro, foi feita esta manhã por Marta Temido, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, no final de uma reunião com a "task force" nomeada pelo Governo, presidida em vídeoconferência pelo primeiro-ministro, António Costa.

Das 140.400 vacinas da Pfizer / BioNTech que tinham sido entregues em Portugal Continental até ao dia 4 de janeiro – outras 19.500 foram enviadas para as regiões autónomas da Madeira e dos Açores –, foram distribuídas 67.160 e estão reservadas 73.240 doses.

 

Até ao final do dia de sexta-feira, 8 de janeiro, tinham sido vacinadas 74.099 pessoas, entre profissionais do SNS, do Hospital das Forças Armadas, do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e ainda funcionários e residentes de estruturas para idosos e unidades da rede nacional de cuidados continuados e integrados.

 
Preparar centros de vacinação para idosos


O calendário apresentado pela ministra aponta para novas entregas da Pfizer a 18 e 25 de janeiro, sendo que neste dia é aguardada também a chegada do segundo lote de vacinas da Moderna. Até lá, descreveu, vai "continuar o trabalho de identificação" das pessoas que, em função da idade e das doenças de risco, entram também nesta primeira fase, que estará concluída até final de fevereiro, assim como a "preparação do que poderão vir a ser os centros de vacinação para esse momento".

Questionada pelos jornalistas sobre como é decidido quem toma uma ou outra vacina – a EMA poderá decidir sobre a solução da AstraZeneca / Universidade de Oxford no final de janeiro –, Marta Temido respondeu que "a única distinção que temos em relação a estas duas vacinas é que, em termos do limiar inferior dos grupos etários abrangidos, a da Pfizer se destina a pessoas a partir dos 16 anos e a da Moderna a partir dos 18 anos".

 

O país manifestou já o seu interesse nas quantidades adicionais já noticiadas [2,2 milhões de vacinas da Pfizer] e em outras que estão em discussão. Marta Temido, ministra da Saúde



A possibilidade de administrar uma sexta dose por cada frasco face à indicação inicial de apenas cinco, confirmada a 8 de janeiro pelo regulador europeu, "leva a um ligeiro aumento das expectativas de vacinação", sublinhou a governante, adiantando que "o país manifestou já o seu interesse" em adquirir as quantidades adicionais negociadas com a Pfizer e "outras que estão em discussão".

 

Já sobre o impacto que os surtos de covid-19 nos lares e nas unidades de cuidado continuados estão a ter no processo de vacinação, a ministra da Saúde contabilizou apenas que até ao final da semana passada tinham sido vacinas 165 estruturas deste género. "Onde há surtos, a vacinação é adiada. Estamos a correr contra o aparecimento de surtos nestas estruturas, tentando que as pessoas se mantenham livres de doença até à vacinação", acrescentou.

 

"Estamos sempre a ajustar estes planos [de vacinação], que são flexiveis, mas temos sobretudo de continuar o esforço conjunto para a aquisição de mais quantidades e completar o processo com a efetiva distribuição e administração das vacinas", concluiu Marta Temido.

 

(Notícia atualizada pela última vez às 11:50 com mais declarações da ministra da Saúde)

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