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Consumo de bens tecnológicos dispara em Portugal devido à covid-19

A covid-19 alterou os hábitos de consumo dos portugueses no que toca aos bens tecnológicos. As vendas de produtos essenciais para o trabalho em casa dispararam.

Os supermercados debatem-se com a subida dos custos de funcionamento.
João Cortesão
Negócios 12 de Novembro de 2020 às 14:11
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O aumento do número de refeições em casa despertou o interesse dos consumidores em bens tecnológicos de conservação e preparação de alimentos. O número de congeladores vendidos disparou 114% entre o primeiro e o segundo trimestre de 2020. Quanto aos produtos de preparação alimentar destacam-se os robôs com um aumento de 62% das vendas, seguidos das batedeiras com 37% e das liquidificadoras com um acréscimo de 28% entre janeiro e setembro deste ano.

Com o evoluir da pandemia, e ao passarem mais tempo em casa, os portugueses alteraram os seus hábitos de consumo de bens tecnológicos tanto a nível alimentar como pessoal, de acordo com o novo estudo da GfK.

Estar em casa confinado implicou a realização de algumas tarefas básicas de cuidado pessoal, o que aumentou em 121% a venda de aparadores de cabelo, um valor significativamente mais elevado em Portugal que no resto do mundo.

Os produtos premium, com um valor mais elevado e que se destinam a satisfazer as necessidades em casa, registaram também eles um aumento das vendas. Os aspiradores verticais recarregáveis continuam a ser um dos bens tecnológicos mais procurados em Portugal com um aumento de 52% da procura. Em paralelo, regista-se também um aumento das vendas de frigoríficos com 3 ou mais portas (36%), o que confirma a tendência de 2019 de procura por gamas mais altas e produtos com maiores capacidades.

Outra tendência presente nos Grandes e Pequenos Eletrodomésticos é o vapor. Aspiradores, steam cleaners, escovas de engomar a vapor e máquinas de lavar estão a registar um aumento da procura, tendo registado em Portugal um crescimento de 79% no primeiro semestre de 2020.

A área das Telecomunicações foi uma das que mais sofreu com a pandemia, por não ser considerada essencial. Portugal apresenta uma tendência semelhante à Europa com uma queda de vendas de 21,5% no período de março a maio de 2020 coincidente com o confinamento e mesmo no pós-confinamento.

Nos últimos meses assistiu-se a uma recuperação lenta, com os acessórios associados às telecomunicações a liderarem o crescimento, nomeadamente os headsets com 34% e os wearables com 24% de crescimento.

Já a categoria de Informática encontra-se em Portugal acima da média europeia. Verificou-se um crescimento acentuado das Media Box e Media Stick e também do segmento gaming que permitia um entretenimento em casa. Também os computadores portáteis e todos os equipamentos associados ao teletrabalho como as webcams (+163%) os ratos (+38%) e as impressoras (+41%), tiveram um forte crescimento na altura do confinamento e no período de pós-confinamento, em que muitos consumidores se mantiveram a trabalhar a partir da sua residência.

No seu comunicado e tendo em conta os dados apurados, a GfK prevê que o "novo normal" viverá a partir da disrupção que tem acelerado a mudança, com foco no que é essencial, no que está em casa e com os negócios a operar como sempre, mas com ligeiras alterações focadas na digitalização".

Depois de 8 meses de pandemia, é possível afirmar, segundo a GfK, que o conceito "casa" e as vendas no digital assumiram uma nova importância.

 

 

 

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