Notícia
Companhia Encerrado para Obras diz estar "à beira da rutura" financeira
David Cruz, fundador e um dos dois elementos residentes da companhia, admite à agência Lusa que "a situação é crítica", depois de vários adiamentos de espetáculos previstos em Ílhavo, Viseu e Mação.
21 de Março de 2020 às 14:59
A Encerrado para Obras, estrutura ligada à produção teatral e musical fundada há 25 anos em Coimbra e atualmente com sede em Leiria, está "à beira da rutura" em consequência do adiamento de espetáculos devido à pandemia de covid-19.
David Cruz, fundador e um dos dois elementos residentes da companhia, admite à agência Lusa que "a situação é crítica", depois de vários adiamentos de espetáculos previstos em Ílhavo, Viseu e Mação.
"Estamos à beira da rutura. Perdemos de um momento para o outro 2.400 euros que eram o nosso sustento para um mês, mês e meio", diz, admitindo compreender a atitude das entidades.
"Todos fomos apanhados de surpresa por isto, estamos todos no mesmo barco".
A Encerrado para Obras apura através dos espetáculos "85% da receita", daí que o futuro seja imprevisível.
Segundo o músico e ator, a companhia tem "uma pequena reserva para aguentar dois meses".
"Depois disso, temos de fechar a porta, deixar a casa onde estamos", no lugar de Figueiras, na freguesia de Milagres, no concelho de Leiria, e "voltar para casa dos pais".
"É óbvio que não é o que queremos fazer. Mas esta é uma situação que afeta muitos outros artistas nesta situação em Portugal. Há muitas pessoas e muitas famílias que dependem desta atividade e neste momento não o podem fazer", lembra David Cruz, esperando que o Governo se lembre das companhias que não são subsidiadas.
"Somos uma companhia independente que não vive dos subsídios. Esperemos que o Governo olhe urgentemente para esta situação e faça como na Alemanha, onde a ministra da Cultura já veio a público prometer assistência financeira aos artistas afetados pelos cancelamentos", defende.
Para continuar a atividade, a Encerrado para Obras vai fazer espetáculos 'online', a partir do Facebook, arrancando hoje à tarde com "Da Cruz One Man Band".
Portugal elevou hoje para 12 o número de mortes associadas ao vírus da covid-19, segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS), que regista 1.280 casos confirmados de infeção.
Estão confirmadas quatro mortes na região Norte, quatro na região Centro, três na região de Lisboa e Vale do Tejo e uma no Algarve, precisa o boletim epidemiológico divulgado hoje, com dados referentes até às 24:00 de sexta-feira.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira.
David Cruz, fundador e um dos dois elementos residentes da companhia, admite à agência Lusa que "a situação é crítica", depois de vários adiamentos de espetáculos previstos em Ílhavo, Viseu e Mação.
"Todos fomos apanhados de surpresa por isto, estamos todos no mesmo barco".
A Encerrado para Obras apura através dos espetáculos "85% da receita", daí que o futuro seja imprevisível.
Segundo o músico e ator, a companhia tem "uma pequena reserva para aguentar dois meses".
"Depois disso, temos de fechar a porta, deixar a casa onde estamos", no lugar de Figueiras, na freguesia de Milagres, no concelho de Leiria, e "voltar para casa dos pais".
"É óbvio que não é o que queremos fazer. Mas esta é uma situação que afeta muitos outros artistas nesta situação em Portugal. Há muitas pessoas e muitas famílias que dependem desta atividade e neste momento não o podem fazer", lembra David Cruz, esperando que o Governo se lembre das companhias que não são subsidiadas.
"Somos uma companhia independente que não vive dos subsídios. Esperemos que o Governo olhe urgentemente para esta situação e faça como na Alemanha, onde a ministra da Cultura já veio a público prometer assistência financeira aos artistas afetados pelos cancelamentos", defende.
Para continuar a atividade, a Encerrado para Obras vai fazer espetáculos 'online', a partir do Facebook, arrancando hoje à tarde com "Da Cruz One Man Band".
Portugal elevou hoje para 12 o número de mortes associadas ao vírus da covid-19, segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS), que regista 1.280 casos confirmados de infeção.
Estão confirmadas quatro mortes na região Norte, quatro na região Centro, três na região de Lisboa e Vale do Tejo e uma no Algarve, precisa o boletim epidemiológico divulgado hoje, com dados referentes até às 24:00 de sexta-feira.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira.