Notícia
Centeno defende que medidas de apoio à retoma continuem enquanto for preciso
O governador do Banco de Portugal considera que ante uma "recuperação que é profundamente assimétrica", as medidas de relançamento económico devem permanecer em vigor "pelo tempo necessário" e serem adaptadas àquela que for sendo a evolução da crise pandémica.
Mário Centeno considera que as medidas de estímulo económico adotadas para combater os efeitos recessivos e sociais da crise pandémica não só devem permanecer em vigor enquanto se revelarem necessárias, como devem ir sendo adaptadas à própria evolução da pandemia.
Em declarações proferidas no âmbito de uma conferência organizada pelo banco central da Espanha, o governador do Banco de Portugal defendeu, citado pela Bloomberg, que "estamos a enfrentar os desafios de uma recuperação que é profundamente assimétrica, entre países e dentro de cada país, [e] que tem potenciais efeitos de longo prazo".
As medidas de apoio "devem permanecer em vigor pelo tempo necessário", prosseguiu o ex-ministro das Finanças, para quem será também necessários "adaptar" esses apoios "à evolução da crise e ajustados à promoção da recuperação".
"Na minha opinião, uma retirada prematura das medidas pode acarretar custos significativos, o que enfatiza a necessidade de uma abordagem cautelosa, vigilante e adaptada àquilo que for a evolução económica e financeira", prosseguiu.
O BCE alertou na passada semana para a importância de os Estados-membros da União Europeia acelerarem o passo e não atrasarem a chegada do fundo de recuperação às economias.
Esta segunda-feira, o Financial Times dava precisamente conta das dificuldades que a UE enfrenta para chegar a acordo sobre o reforço dos recursos próprios da União, necessário para que a Comissão Europeia emita os 750 mil milhões de euros de dívida que vão financiar o chamado Próxima Geração UE.
Em declarações proferidas no âmbito de uma conferência organizada pelo banco central da Espanha, o governador do Banco de Portugal defendeu, citado pela Bloomberg, que "estamos a enfrentar os desafios de uma recuperação que é profundamente assimétrica, entre países e dentro de cada país, [e] que tem potenciais efeitos de longo prazo".
"Na minha opinião, uma retirada prematura das medidas pode acarretar custos significativos, o que enfatiza a necessidade de uma abordagem cautelosa, vigilante e adaptada àquilo que for a evolução económica e financeira", prosseguiu.
O BCE alertou na passada semana para a importância de os Estados-membros da União Europeia acelerarem o passo e não atrasarem a chegada do fundo de recuperação às economias.
Esta segunda-feira, o Financial Times dava precisamente conta das dificuldades que a UE enfrenta para chegar a acordo sobre o reforço dos recursos próprios da União, necessário para que a Comissão Europeia emita os 750 mil milhões de euros de dívida que vão financiar o chamado Próxima Geração UE.