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CCP quer manter a funcionar serviços que não tenham contacto com o público
O setor do comércio está preocupado com as ordens para fechar serviços e defende a manutenção em funcionamento quando não haja contactos com o público e estejam em causa atividades essenciais para evitar quebras na cadeia de abastecimento.
A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) entende que há serviços que têm obrigatoriamente de se manter, sob pena de se gerarem problemas de abastecimento. "Se é evidente que muitos estabelecimentos em contacto direto com o público serão forçados a encerrar, outros setores ou secções das empresas em que não se verifica esse contacto deverão manter-se em funcionamento para garantir um funcionamento mínimo da economia", defendeu esta quinta-feira em comunicado a entidade que representa o pequeno comércio e empresas.
Em causa estarão "o fornecimento de produtos químicos, nomeadamente de higiene e desinfeção (desinfeção de embalagens assépticas, de equipamentos e instalações, de tratamento de águas, etc.), rações para animais, fornecimento de materiais de construção/reparação, atividades de prestação de serviços através de veículos de pronto-socorro, assistência e reparação automóvel, componentes para equipamentos industriais, de construção, eletrónica, serviços de reparação de hardware e software, lavandarias", enumera a CCP.
Estes setores "terão de se manter para assegurar que não haverá quebras na cadeia de abastecimento", avisa a confederação.
A Confederação diz que está "preocupada com a forma como se concretizará o estado de emergência" e que colocou a questão ao Executivo.
O Conselho de Ministros, recorde-se, está reunido esta quinta-feira de manhã e deverá regulamentar a forma como se passarão para o terreno as medidas previstas no decreto do Presidente da República que esta quarta-feira declarou o estado de emergência.