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Adiar segunda dose da vacina da covid-19 pode reduzir mortes

Estudo norte-americano admite que adiar a toma da segunda dose das vacinas contra a covid-19 pode reduzir o número de mortes causadas pela doença.

Lusa
13 de Maio de 2021 às 10:55
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Adiar a toma da segunda dose das vacinas contra a covid-19 entre as pessoas com menos de 65 anos pode diminuir as mortes causadas pela doença, em certas condições específicas, segundo um estudo norte-americano.

O estudo, publicado na BMJ - British Medical Journal, uma das revistas médicas mais prestigiadas do mundo e citado pela agência Reuters, usa um modelo baseado numa amostra de 100 mil adultos dos Estados Unidos e testou uma série de cenários. 

"Os resultados sugerem que se pode alcançar, sob condições específicas, uma diminuição na mortalidade cumulativa, infeções e internamentos hospitalares quando a segunda dose da vacina é adiada", afirmam os investigadores da Clínica Mayo em Rochester, Minnesota, nos Estados Unidos.

As condições específicas incluem ter uma vacina com uma eficácia de uma dose de pelo menos 80% e taxas de imunização diária entre 0,1% e 0,3% de uma população. Se estas condições forem cumpridas adiar a segunda dose da vacina pode prevenir entre 26 e 47 mortes por 100.000 pessoas em comparação com a programação normal.

Os autores do estudo não recomendam um calendário ideal para a toma da segunda dose.

Este é mais um estudo para o debate sobre como deve ser a toma ideal das vacinas contra a covid-19 para garantir proteção ao maior número possível de pessoas.

Recentemente, por exemplo, a Pfizer disse que não há evidências clínicas para apoiar a decisão do Reino Unido de estender o intervalo entre as doses de sua vacina para 12 semanas. Os dados da vacinação no país mostram uma proteção contra a morte causada pela doença de cerca de 80% com uma dose e com um declínio de 70% nas infeções, lembra a Reuters. 

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