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60% dos utilizadores desistiram da app StayAway Covid

A notícia é do Público, que cita dados do INESCT TEC, entidade que concebeu a aplicação destinada ao rastreamento de contacto de pessoas infetadas pelo novo coronavírus. Burocracia e falta de formação para os médicos, lamentam os responsáveis.

Negócios jng@negocios.pt 15 de Janeiro de 2021 às 08:58

Atualmente, apenas 39% das quase três milhões de pessoas que instalaram a aplicação StayAway Covid é que a continuam a usar, depois de quase 1,8 milhões de utilizadores ter optado por apagá-la dos seus telemóveis. A notícia faz a manchete do jornal Público desta sexta-feira e cita dados da entidade que concebeu a aplicação portuguesa para rastreio de contactos de pessoas infetadas pelo novo coronavírus.

 

O número máximo de utilizadores ocorreu em outubro, poucas semanas depois do lançamento, mas desde então tem vindo progressivamente a recuar, espelhando a pouca utilização prática que acabou por ter. Segundo dados do Inesc Tec, foram entregues a pessoas infetadas cerca de 11 mil códigos desde o lançamento da aplicação, mas apenas 24% foram utilizados.

 

A equipa de investigadores que coordenou o projeto considera que os médicos têm dificuldades em dar utilização aos códigos que são gerados e que, uma vez inseridos no telemóvel da pessoa infetada, permitiriam que os seus contactos de risco dos 14 dias anteriores fossem informados, também via aplicação.

 

Os responsáveis pelo Inesc Tec, citados pelo jornal, lamentam que os médicos não tenham tido a formação adequada para lidar com a app e explicam que uma solução seria que o código pudesse passar a ser diretamente enviado para os telemóveis. Isso implica, contudo, uma alteração da app que precisa de autorização da Comissão Nacional de Proteção de Dados, a qual tarda em chegar, esclarecem.

 

Tendo em conta que 87% dos infetados desconhece de que forma foi contagiado, a aplicação seria uma forma de, de forma automática, fazer o rastreio de contactos que poderia detetar contágios em ambientes públicos como um supermercado ou autocarro,  lamenta, em declarações ao Público, o  diretor do InescTec, José Manuel Mendonça.

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