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Taxa de poupança das famílias regressa a valores de 2008

O maior consumo deteriorou a poupança que as famílias foram forçadas a fazer durante o período da pandemia. No terceiro trimestre deste ano, representava 5,1% do rendimento disponível.

O estudo conclui que o IRS redistribui dos que pagam mais imposto para os que pagam menos.
Mariline Alves
23 de Dezembro de 2022 às 11:34
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O aumento do consumo das famílias levou a uma queda da taxa de poupança para valores de 2008 no terceiro trimestre deste ano, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística esta sexta-feira, 23 de dezembro.

"A taxa de poupança das famílias atingiu os 5,1% do rendimento disponível bruto, o que traduz uma redução de 1,0 ponto percentual relativamente ao trimestre anterior", refere o INE, justificando com o aumento do consumo.

"Este desempenho foi consequência do aumento de 2% do consumo privado (variação em cadeia de 2,7% no trimestre anterior), superior ao crescimento de 1% do rendimento disponível", detalha a autoridade estatística nacional, explicando que "as variáveis aqui apresentadas estão em termos nominais, o que, no caso do consumo privado, significa que a sua evolução é marcada pela aceleração dos preços evidenciada pelo índice de preços no consumidor no 3.º trimestre de 2022".



A taxa de poupança é apresentada em termos de médias móveis que permite alisar as variações registadas de cada trimestre, que são muito mais irregulares. No final do terceiro trimestre deste ano, a poupança média bruta estaria próxima dos 8 mil milhões de euros, quando no trimestre anterior se fixou acima dos 9 mil milhões de euros.

"A taxa de poupança das famílias mede a parte do rendimento disponível que não é utilizado em consumo final", refere o INE, "sendo calculada através do rácio entre a poupança bruta e o rendimento disponível", detalha o gabinete de estatística.

O INE refere ainda que o rendimento disponível bruto (RDB) ajustado nominal das famílias per capita fixou-se em 17,6 mil euros no 3.º trimestre de 2022, o que "representou um aumento de 1% face ao trimestre anterior", sendo que este rendimento disponível bruto "por incluir o valor dos bens e serviços adquiridos ou produzidos pelas administrações públicas ou instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias (ISFLSF) e que se destinam ao consumo das famílias, como sejam, por exemplo, comparticipações na aquisição de medicamentos pelas famílias".

O gabinete de estatística refere ainda que o "RDB ajustado das famílias per capita em termos reais, que constitui um indicador mais adequado num contexto de inflação elevada, diminuiu 0,4% no 3.º trimestre de 2022, mas, no entanto, o consumo individual em termos reais aumentou 0,4%".

(Notícia em atualizada às 12:25 com mais informação)
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