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Subida dos preços no consumidor terá abrandado para 2,5% em julho

Estimativa rápida do INE indica que julho terá sido o segundo mês consecutivo de abrandamento da subida dos preços no consumidor. Inflação "crítica" manteve-se inalterada em 2,4%. Preços da energia terão dado tréguas, enquanto a inflação alimentar voltou a acelerar.

As margens de lucro foram responsáveis por dois terços da inflação em 2022, de acordo com cálculos do Banco de Portugal.
João Cortesão
31 de Julho de 2024 às 09:39
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A taxa de inflação terá abrandado para 2,5% em julho, face a igual período do ano passado, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE). Este é o segundo mês consecutivo de abrandamento da subida dos preços no consumidor, depois de o arranque do ano ter sido marcado por avanços e recuos.

"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 2,5% em julho de 2024, taxa inferior em 0,3 pontos percentuais à observada no mês anterior", lê-se no destaque divulgado pelo INE. 

A inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos (por estarem mais sujeitos a variações de preços), terá registado uma variação de 2,4%. Este é um valor idêntico no mês anterior, o que significa que houve uma estabilização na variação homóloga da chamada "inflação crítica", que é acompanhada com especial atenção pelos bancos centrais no controlo da inflação. 

Os preços da energia terão dado tréguas em julho. O INE indica que o índice relativo aos produtos energéticos terá diminuído para 4,2%, o que compara com uma variação homóloga de 9,4% no mês anterior. Essa diminuição deu-se "essencialmente devido ao menor aumento mensal registado nos preços da eletricidade (0,3%) quando comparado com o que se tinha verificado em julho de 2023 (15,4%)", explica a autoridade estatística.

Em sentido contrário, a inflação nos alimentos terá voltado a acelerar em julho. O índice referente aos produtos alimentares não transformados (ou seja, frescos) terá aumentado, segundo o INE, para 2,8%. O valor é um ponto percentual superior ao observado em junho. De notar que, há um ano, os efeitos do IVA Zero já se faziam sentir nos preços dos alimentos vendidos aos consumidores, o que pode explicar uma variação homóloga mais elevada agora.

Em comparação com o mês anterior, a variação do IPC terá sido -0,6%. No mês de junho, a variação mensal do IPC tinha sido nula em junho. Há um ano, a variação mensal do IPC tinha sido de -0,4%. O INE estima que, nos últimos doze meses, a variação média do IPC foi de 2,5% (valor idêntico ao registado no mês anterior).

Por outro lado, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite comparar a variação de preços com a dos restantes países europeus, terá registado uma variação homóloga de 2,7%. Em junho, a variação homóloga tinha sido superior: 3,1%.

Os dados definitivos referentes ao IPC de julho serão publicados no próximo dia 12 de agosto.

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