Os dados publicados esta manhã, 2 de Outubro, pelo Eurostat revelam uma contracção homóloga de 2,6% dos preços da indústria e um recuo de 0,8% em cadeia na média dos 19 países da moeda única. Entre as 28 economias da União Europeia as variações foram -3,4% e -0,9%, respectivamente.

Olhando apenas para a Zona Euro, verifica-se que o principal responsável por esta queda é o sector energético, cujos preços caíram 8,2% em comparação com Agosto de 2014. Uma evolução obviamente influenciada pela descida do preço do petróleo. O preço dos bens intermédios caiu 1,1% e dos bens de consumo não-duradouros 0,9%. Por outro lado, o preço dos bens de capital aumentou 0,6% e os bens de consumo duradouros 0,7%. Se excluíssemos a energia, os preços industriais teriam caído 0,5%.

Os países com maiores quedas homólogas dos preços da produção industrial foram a Lituânia (-9,8%), Grécia e Reino Unido (ambos com -8,4%), Holanda (-7,3%) e Chipre (-6,5%). Não havendo nenhuma subida, as menores quebras assistiram-se na Eslovénia (-0,4%), Alemanha e Luxemburgo (ambos com -1,6%).

E Portugal? A variação dos preços da indústria nacional em Agosto já tinha sido dada a conhecer pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) a 17 de Setembro. Em comparação com os restantes parceiros europeus, os preços caíram mais do que a média da Zona Euro em termos homólogos (-3,2%) e tiveram uma variação em cadeia igual (-0,8%).

A queda continuada dos preços da indústria é mais um sinal de alerta para a evolução da inflação no espaço da moeda única, que se está a voltar a aproximar de valores negativos.