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Preço do petróleo dispara 6,8% em outubro após três meses a recuar

Os dados do INE mostram que o preço do barril do Brent, que serve de referência para Portugal, voltou a acelerar na primeira quinzena de outubro, invertendo a tendência que vinha a registar desde julho. A situação pode levar a uma subida mais acentuada da inflação em outubro.

Há vários fatores prontos a entrar em ação que poderão manter as cotações do “ouro negro” em alta.
Fabian Bimmer/Reuters
20 de Outubro de 2022 às 11:39
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O preço médio do barril de petróleo Brent, que serve de referência para Portugal, voltou a acelerar na primeira quinzena de outubro. Os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, depois de três meses consecutivos a abrandar, o valor médio do barril de petróleo disparou 6,8%.

Em setembro, o INE indica que o preço do petróleo "voltou a diminuir em cadeia, pelo terceiro mês consecutivo", ao fixar-se nos 90,60 euros por barril. O montante é "43,2% superior ao registado no mesmo período de 2021" e, em comparação com o mês anterior, registou-se uma variação negativa de 8,6%, que compara com os -9,8% registados em agosto.

Mas "a informação disponível para outubro aponta para uma inversão dessa trajetória". Na síntese de conjuntura económica deste mês, o INE indica que o valor médio do preço do petróleo foi de "96,8 euros nos primeiros catorze dias" de outubro, o que representa "um aumento de 6,8% face ao valor médio de setembro", que se traduzirá numa subida mais acentuada da taxa de inflação deste mês.

Os dados mais recentes do INE mostram que, em setembro, a taxa de inflação atingiu o valor é o mais elevado dos últimos trinta anos, ao fixar-se nos 9,3%. O valor corresponde a uma aceleração de 0,4 pontos percentuais face ao mês anterior, depois de se ter registado um ligeiro abrandamento entre julho e agosto.
No que toca ao índice referente aos produtos energéticos, que foi o principal "motor" da inflação antes de essa "contaminar" o restante cabaz de produtos, apresentou uma subida homóloga de 22,2%, ainda assim, inferior em 1,8 pontos percentuais à taxa de variação registada em agosto, mantendo assim o abrandamento que se tem verificado desde julho.

O INE nota ainda que "a evolução do preço do petróleo também tem sido condicionada pelo comportamento da taxa de câmbio do euro face ao dólar, que registou uma depreciação acumulada de 16,2% desde agosto de 2021, situando-se, em setembro, num valor médio inferior à paridade (0,990), o mais baixo desde outubro de 2002".
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