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Poupança das famílias no valor mais baixo de sempre

A poupança corrente das famílias portuguesas atingiu 5% do rendimento disponível. Este é valor mais baixo de toda a série do INE, que recua até 1999.

Miguel Baltazar/Negócios
23 de Setembro de 2015 às 13:07
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Continua a trajectória descendente da poupança das famílias e das instituições sem fins lucrativos ao seu serviço. Segundo os dados publicados esta manhã, 23 de Setembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor de poupança corrente caiu para os 5% do rendimento no ano terminado no segundo trimestre.

O anterior ponto mais baixo desta série tinha sido registado entre Abril e Junho de 2008, quando atingiu os 5,3% do rendimento disponível. Agora, num só trimestre, a poupança cai de 5,9% para 5%. Um novo mínimo.

"A capacidade de financiamento das famílias diminuiu para 2,1% do PIB no ano acabado no segundo trimestre de 2015 (2,7% no trimestre anterior)", pode ler-se na nota do INE. "Para este resultado contribuiu sobretudo a redução da poupança corrente, traduzindo um aumento da despesa de consumo final (taxa de variação de 1,0%) superior ao aumento do rendimento disponível (variação de 0,1%). Deste modo, a taxa de poupança diminuiu para 5,0% do rendimento disponível (5,8% no trimestre anterior)."

Ou seja, o rendimento das famílias está a avançar, mas a um ritmo inferior ao consumo, que cresce mais rápido ainda. De referir que, durante alguns dos períodos mais graves da crise, aconteceu o contrário: o consumo afundou mais do que o rendimento.

"O crescimento reduzido do rendimento disponível (taxa de variação de 0,1%) resultou do efeito conjugado da diminuição dos rendimentos de propriedade recebidos e do aumento das contribuições sociais pagas, que compensaram o crescimento das remunerações recebidas", refere o INE, acrescentando que "as remunerações explicam 0,4 pontos percentuais da taxa de variação registada para o rendimento". "Os rendimentos de propriedade recebidos pelas famílias registaram uma diminuição de 2,3%, a par de um aumento das contribuições sociais pagas de 1,1%, no segundo trimestre de 2015."

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