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Índice de bem-estar do INE: Portugueses têm menos dinheiro, mas estão a viver melhor

Entre 2004 e 2011, o bem-estar dos portugueses aumentou, apesar de as suas condições económicas - trabalho, salário, vulnerabilidade - se terem vindo a degradar. Segundo um novo indicador publicado esta sexta-feira, 6 de Dezembro, pela primeira vez pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), 2012 será o primeiro ano em que os portugueses perderam bem estar.

06 de Dezembro de 2013 às 13:42
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O Instituto Nacional de Estatística divulgou esta sexta-feira, pela primeira vez, o índice de bem-estar. O indicador teve um aumento 2,2% entre 2004 e 2011. Os dados preliminares de 2012 a revelam uma quebra nesse ano que, a confirmar-se, atiraria a variação desde 2004 para os 1,9%.

 

No entanto, e apesar deste indicador apontar para que os portugueses estejam a viver melhor em 2012 do que em 2004, a verdade é que o estão a fazer com menos dinheiro na carteira e maior vulnerabilidade económica.

 

Afinal o que calcula este índice? O INE divide-o em duas vertentes: condições materiais de vida e qualidade de vida. No primeiro, está integrado o bem-estar económico, a vulnerabilidade económica e o trabalho e remuneração. Destes três, apenas no primeiro se observa uma subida. Os dois últimos registam quebras acentuadas, de -2,2% e -4%, respectivamente. No total, o índice de condições materiais de vida passou de 100 em 2004 para 86,8 em 2012. Uma descida de 1,7%.

 

“O índice relativo às Condições materiais de vida teve novo agravamento com uma desvalorização de 13,2 pontos percentuais entre 2004 e 2012. Dada a forte associação existente entre muitas das variáveis que compõem este indicador sintético e o funcionamento do sistema económico, a sua evolução reflecte o baixo crescimento da economia no período pré-crise e é particularmente sensível aos efeitos do aprofundamento da crise económica”, escreve o INE na publicação.

 

O cenário é diferente quando se analisam as outras componentes do bem-estar, num grupo

 

Objectivo do índice de bem-estar do INE

O objectivo do Índice de Bem-estar é disponibilizar, numa base regular, resultados que permitam acompanhar a evolução do bem-estar e progresso social em duas vertentes determinantes – condições materiais de vida das famílias e qualidade de vida, mediante declinações em três e sete domínios de análise, respectivamente: a) bem-estar económico; vulnerabilidade económica; trabalho e remuneração; b) saúde; balanço vida-trabalho; educação, conhecimento e competências relações sociais e bem-estar subjectiva; participação cívica e governação; segurança pessoal; e ambiente.

designado pelo INE como "qualidade de vida", onde está incluído: saúde; balanço vida-trabalho; educação, conhecimento e competências; relações sociais e bem-estar subjectivo; participação cívica e governação; segurança pessoal; e ambiente.

 

Destes sete indicadores, apenas dois tiveram quedas. Relações sociais e bem-estar subjectivo e participação cívica e governação caíram 0,3% e 0,5%, respectivamente. Todos os outros cresceram, com destaque para educação, conhecimento e competências (6%). No total, e somando todos estes indicadores, o índice de qualidade de vida cresceu de 100 (2004) para 116,5 (2012).

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