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Portugal fecha ano com inflação nos 1,4% com IVA Zero a ajudar. Inflação anual foi de 4,3%

Estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística revela que a inflação em dezembro voltou a abrandar pelo quarto mês seguido. Alívio na subida de preços dos alimentos explica nova desaceleração, apoiada pelo IVA Zero que vigora ainda num conjunto de bens alimentares essenciais.

Em outubro, a variação homóloga do índice de preços no consumidor abrandou de 3,6% para 2,1%. Há um ano, estava a atingir máximos desde a adesão ao euro, nos 10,1%.
Pedro Catarino
29 de Dezembro de 2023 às 11:09
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A inflação terá abrandado para 1,4% em dezembro, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada esta sexta-feira. A explicar esse abrandamento está o alívio na subida de preços dos alimentos, explicada pelo IVA Zero que vigora ainda num conjunto de bens alimentares essenciais.

"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do índice de preços no consumidor (IPC) terá diminuído para 1,4% em dezembro de 2023, taxa inferior em 0,1 pontos percentuais à observada no mês anterior", indica o INE.

Esta é já a quarta desaceleração consecutiva no índice de preços no consumidor, desde a ligeira aceleração de agosto. Em novembro, a inflação tinha sido já inferior à meta de 2% do Banco Central Europeu (1,6%) e agora, em dezembro, a variação homóloga abrandou ainda mais, atingindo o valor mais baixo desde junho de 2021.



O INE indica que "o principal contributo para esta desaceleração provém do comportamento dos preços dos produtos alimentares, que terão diminuído 0,6% face ao mês anterior". O índice referente aos produtos alimentares não transformados terá desacelerado para 2%, quando em novembro estava ainda nos 3,5%.

A puxar também para baixo a variação homóloga da inflação estive o índice relativo aos produtos energéticos. Porém, em dezembro, a energia voltou a cair menos do que no mês anterior. A variação homóloga registada foi de -10,5%, quando no mês anterior tinha sido de -12,4%.

Já o indicador de inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos (por estarem mais sujeitos a variações de preços), terá registado uma variação de 2,6%. Esse valor compara com 2,9% no mês precedente e é aquele a que o BCE tem dado mais atenção na definição da política monetária a seguir.

Em comparação com o mês anterior, a variação do IPC terá sido -0,5%, menos duas décimas do que no mês de novembro e do que em dezembro de 2022. Estima-se uma variação média nos últimos doze meses tenha sido de 4,3%, o que compara com 5% no mês anterior. O valor compara com a variação média de 7,8% em 2022.

Por outro lado, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite comparar a evolução dos preços com a dos restantes Estados-membros, terá registado uma variação homóloga de 1,8%, menos quatro décimas do que em novembro. 

Os dados definitivos sobre o IPC de dezembro serão publicados no próximo dia 11 de janeiro de 2024.

(Notícia atualizada às 11:26)
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