Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Passos Coelho lamenta desempenho "muito negativo" das exportações

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, lamentou o desempenho "muito negativo" das exportações e acusou os governantes de "desaparecerem" quando as notícias são negativas.

Miguel Baltazar
10 de Setembro de 2016 às 20:15
  • ...
Em declarações aos jornalistas, durante uma visita às festas de Tondela, Passos Coelho considerou que a estratégica económica tem "uma espécie de calcanhar de Aquiles".

"Os resultados que têm vindo a ser divulgados a partir do Instituto Nacional de Estatística não apontam no sentido que nós gostaríamos. Recebemos ainda ontem (sexta-feira) notícias que não nos deixaram satisfeitos: as exportações tiveram um desempenho muito negativo", afirmou.

Na opinião do presidente do PSD, "é muito mau que o Governo não fale destas coisas", ou seja, no que "está a correr mal e deve ser corrigido para que passe a correr bem".

"Dá impressão que sempre que as notícias não são boas, os governantes desaparecem, fica a comunicação social a dar conta do resultado que as instituições, as autoridades, vão revelando publicamente", criticou.

O antigo primeiro-ministro disse que "o crescimento é essencial", sobretudo quando se quer para o futuro "melhor emprego, mais bem remunerado, um rendimento superior, ajudar não apenas o Estado a equilibrar as suas contas, mas o país, as empresas e as famílias a disporem de um horizonte mas esperançoso, de maior confiança".

"Eu espero que se mantenham contas certas, mas isso não significa que para o país seja suficiente que as contas batam certas", frisou.

Para Passos Coelho é essencial "ter uma estratégia económica que ponha o país a crescer, que atraia investimento, que isso permita gerar mais emprego, que esse emprego possa trazer novo rendimento para o país e não apenas uma redistribuição do rendimento".

"Isso é crítico para podermos estar num campeonato de países desenvolvidos, que têm níveis de bem-estar e de prosperidade maiores e que com isso podem gerar folga suficiente para se pagar o que se deve e para investir em ter um futuro melhor e para deixarmos aos nossos filhos mais alguma coisa do que nós conseguimos ter no passado", acrescentou.

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, considerou hoje não ser "pedir demasiado" que o Governo português cumpra as promessas de consolidação orçamental, de forma a evitar a suspensão de fundos.

Em declaração aos jornalistas durante uma visita às festas de Tondela, Passos Coelho admitiu ser uma boa notícia o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo Investimento, Jyrki Katainen, ter-se mostrado convencido de que Portugal e Espanha evitarão a suspensão de fundos, bastando para tal cumprirem as promessas de consolidação orçamental.

O presidente do PSD frisou que a Comissão Europeia "já foi flexível e reconheceu os sacrifícios imensos que foram feitos pelos portugueses nos anos anteriores e que, portanto, não justificava estar a sancionar o país em face do esforço que já tinha sido desenvolvido antes".

Assim sendo, disse não lhe parecer "que seja pedir demasiado que o Governo cumpra com as metas a que se propôs, de modo a que a que este processo seja encerrado o mais depressa possível".

"Nós sabemos que quando o primeiro processo é aberto, este segundo, que envolve os fundos estruturais, é automático, portanto, não depende da vontade política, nem do colégio de comissários, nem do conselho em Bruxelas", afirmou.

Passos Coelho lembrou que o "Parlamento Europeu pediu para ser ouvido também neste particular" e disse concordar "que quanto mais depressa essa questão for esclarecida melhor".

"Os Governos - quer de Portugal, quer de Espanha - ficaram de oferecer garantias em como as metas que tinham estabelecido estão bem encaminhadas, portanto, está nas mãos dos Governos arrumarem essa questão tão rapidamente quanto possível", sublinhou.
Ver comentários
Saber mais Passos Coelho exportações
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio