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Pais mais endividados para ajudar filhos desempregados

As alterações das condições laborais continuam a dominar os pedidos de ajuda à Deco por excesso de endividamento. Mas há um aumento no número de pais apuros após receberem em casa os filhos que deixaram de trabalhar.

Bruno Simão/Negócios
Negócios 13 de Abril de 2015 às 09:58
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A Deco, a associação de defesa do consumidor, está a registar um aumento no número de casos de pais que enfrentam dificuldades em fazer face a empréstimos contraídos devido a apoios financeiros que têm de dar aos filhos. Foram já 10 em cada 100 novos processos abertos no primeiro trimestre deste ano no Gabinete de Apoio aos Sobre-endividados, uma subida face à média de 8% em 2014.

 

Os números são avançados pela associação ao Dinheiro Vivo/DN/JN que dá conta de uma estabilização dos pedidos de apoio de famílias endividadas que, no primeiro semestre atingiram os 7.354 casos. O que parece estar a mudar são os motivos dos pedidos de auxílio: as alterações do agregado familiar e as penhoras decretadas estão a ganhar peso, e explicaram já 20% dos casos.

 

Na maioria das vezes, as mudanças de agregado familiar dizem respeito a pais, muitos já idosos, que passam a receber em casa dos filhos desempregados ou que já não conseguem pagar casa própria, escreve o Dinheiro Vivo/JN/DN: "São pessoas que tiveram de receber os filhos e vêem o seu rendimento ser afectado" diz Natália Nunes, coordenadora do GAS, citada pela publicação.

 

As perdas de emprego e a deterioração das condições laborais continuam a ser os factores que mais contribuem para os pedidos de ajuda à Deco, explicando cerca de 60% do total, com contributos iguais por cada dos factores, contabiliza ainda a associação.

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