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Número recorde de incumpridores na China reforça sinais de crise económica
O número de pessoas que não conseguem pagar os empréstimos atingiu o valor mais alto de sempre, com a economia a reforçar sinais de uma crise mais profunda.
Mais de oito milhões de pessoas entraram em incumprimento na China, com o valor a atingir o máximo desde o início da pandemia de covid-19, indica o Financial Times, apontando o aprofundar da crise económica como a justificação para este comportamento.
Com o surgimento da pandemia no início de 2020, que levou ao encerramento de várias atividades e os sucessivos confinamentos, o número de incumpridores atingiu então um número recorde de 5,7 milhões de pessoas.
Agora, de acordo com o jornal britânico que cita números dos tribunais locais, um total de 8,54 milhões de pessoas, a maioria com idades entre os 18 e os 54 anos, entraram na lista negra de incumpridores, depois de não terem conseguido fazer face ao pagamento dos créditos, desde empréstimos para compra de casa, a outro tipo de créditos pessoais.
O número de devedores em default equivale a cerca de 1% da população adulta em idade ativa e reforça os sinais de crise na segunda maior economia mundial. Mas é um sinal de que os maiores problemas podem ainda estar para vir. De acordo com a lei chinesa, os devedores que estão na lista negra enfrentam dezenas de restrições impostas pelo Estado, que vão desde a compra de bilhetes de avião, à realização de compras através de aplicações móveis como a Alipay e o WeChat Pay.