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Máquinas e químicos garantem excedente da Zona Euro

Nos primeiros dois meses deste ano, os países da moeda única alcançaram um excedente comercial com o resto do mundo. Duas categorias contribuíram decisivamente para isso: maquinaria e produtos químicos. Portugal tem o sétimo maior crescimento da exportações da UE.

Pedro Elias
19 de Abril de 2017 às 11:44
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Segundo os dados publicados esta manhã pelo Eurostat, a Zona Euro vendeu ao exterior mais 17,3 mil milhões de euros em mercadorias do que comprou durante os primeiros dois meses deste ano. Esse valor representa uma quebra face aos 23 mil milhões observados em igual período de 2016.

 

O excedente é justificado com exportações extra-Zona Euro, que ascenderam a 333,7 mil milhões de euros, enquanto as importações se fixaram nos 316,4 mil milhões. "Entre Janeiro e Fevereiro de 2017, as exportações de bens da Zona Euro para o resto do mundo aumentaram para 333,7 mil milhões de euros (uma subida de 8% face a Janeiro-Fevereiro 2016), enquanto as importações aumentaram para 316,4 mil milhões (uma subida de 11% face a Janeiro-Fevereiro de 2016)", pode ler-se no destaque do Eurostat, publicado esta manhã. "Como resultado, a Zona Euro alcançou um excedente de 17,3 mil milhões de euros, que compara com 23 mil milhões" em 2016.

 

Quando se olha para as categorias por detrás destes números, verifica-se que a maquinaria e transporte de equipamento e os produtos químicos são, de longe, são as duas que mais contribuem para este excedente. A diferença entre as exportações e as importações da primeira ascendem a quase 31 mil milhões de euros, enquanto para a segunda são perto de 24 mil milhões.

 

Do lado oposto do espectro, o tipo de mercadoria que mais penaliza o saldo comercial é, como seria de esperar, o dos combustíveis minerais, que apresentam um défice de 36 mil milhões de euros nos primeiros dois meses de 2017. Um valor que espelha bem a dependência energética da Europa.

 

A decomposição destas categorias é útil também para perceber os motivos pelos quais o excedente comercial da Zona Euro recuou em relação período homólogo. As máquinas e os químicos apresentam agora um excedente comercial maior – de responsabilidade das segundas -, mas o défice na categoria de mercadorias alargou-se significativamente, reflectindo o aumento do preço do petróleo. O saldo negativo de -23 mil milhões de euros transformou-se em -36 mil milhões.

 

Uma análise país a país mostra que praticamente todos os Estados da União Europeu aumentaram as suas exportações de bens nos primeiros dois meses de 2017 face ao mesmo período de 2016. As excepções são Luxemburgo e Malta. Portugal, onde se regista um crescimento homólogo de 14%, é o sétimo país da União Europeia com maior reforço das vendas ao estrangeiro.

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