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ISEG vê economia a crescer 4,8% este ano em linha com previsões do Governo

Economistas do ISEG estimam que o PIB português feche o ano com um crescimento de até 4,8%. Projeção está de acordo com as estimativas do Governo e do Banco de Portugal. ISEG alerta, no entanto, para "limitações" ao crescimento.

No primeiro trimestre, a atividade turística sofreu quebras de 80%.
João Cortesão
04 de Novembro de 2021 às 16:27
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O ISEG prevê que a economia portuguesa cresça entre 5% a 6% entre os meses de outubro e dezembro, face a igual período do ano passado. Em linha com as estimativas apresentadas pelo Governo, os economistas do ISEG estimam que o PIB português feche o ano com um crescimento de até 4,8%. 

"Para o quarto trimestre de 2021, atendendo a que o trimestre homólogo do ano anterior foi penalizado por restrições de atividade, espera-se uma subida do crescimento homólogo para valores entre 5% a 6% e que o crescimento trimestral desacelere para valores entre 1% a 2%", lê-se na síntese de conjuntura do ISEG divulgada esta quinta-feira.

Para a totalidade do ano, a previsão é que a economia nacional registe "um crescimento final entre 4,4% e 4,8%", tendo em conta "o desempenho registado até ao terceiro trimestre (4,3%)". 

A projeção do ISEG está de acordo com as estimativas do Governo, que constavam na proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano (OE 2022), que acabou por ser chumbada na Assembleia da República. Os números avançados pelo Governo configuravam uma revisão em alta face ao crescimento anual avançado em abril (4,0%).

Está também em linha com a projeção de divulgada pelo Banco de Portugal, que espera que o PIB avance 4,8%, em linha com o que já esperava em junho. 

ISEG alerta para "limitações" ao crescimento
Os economistas do ISEG notam que o indicador de tendência da atividade global, baseado nas variações homólogas tendenciais dos indicadores setoriais utilizados na análise, regressou a "níveis mais moderados mas ainda elevados", mas alertam poderá haver "limitações" na atividade, sobretudo em "alguns setores da produção industrial". 

Por outro lado, o ISEG espera que o país continue a ter "um forte crescimento homólogo nos serviços", assim como a "produção na construção".

No que toca à procura, o ISEG diz que "é esperada a continuada da recuperação do consumo privado", sobretudo na procura de serviços, "uma vez que a procura de bens duradouros e automóveis poderá estar limitada". O ISEG estima ainda que a procura externa cresça "substancialmente" durante o quarto trimestre, face a 2020.
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