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INE confirma inflação de 5,7% em abril. Preços da energia e alimentos aliviam

Taxa de inflação em abril foi inferior em 1,7 pontos percentuais à observada no mês anterior. Este é já o sexto mês consecutivo de alívio nos preços no consumidor e é explicado pelo efeito base resultante da descida dos preços na energia e nos alimentos.

Excluindo energia e alimentos não transformados, a subida da inflação aliviou de 7,5% para 7,3% em abril.
Vânia Martins
11 de Maio de 2023 às 11:09
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A taxa de inflação em Portugal abrandou para 5,7% em abril, confirmou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Este é o sexto mês consecutivo de alívio nos preços no consumidor e é explicado, segundo o INE, pelo efeito base resultante da descida dos preços na energia e nos alimentos.

"A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) diminuiu para 5,7% em abril de 2023, taxa inferior em 1,7 pontos percentuais à observada no mês anterior. Com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada a 28 de abril", indica o INE.

Como durante o ano de 2022 houve aumentos significativos de preços em grande parte dos produtos analisados na amostra do INE (sobretudo energia e alimentos), estão agora a verificar-se reduções das taxas de variação homóloga, como consequência aritmética, em grande medida, do chamado "efeito de base". 

O maior alívio nos preços em abril verificou-se na energia. Depois de ter atingido valores negativos em março (-4,4%), a variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para -12,7%. Isso significa que, face ao ano passado, a energia está agora 12,7% mais barata.

Também o índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou para 14,1% em abril. O valor compara com 19,3% registados no mês anterior. 

O INE destaca, no entanto, que "a grande maioria dos preços considerados no apuramento do IPC de abril foram recolhidos antes da entrada em vigor da isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais, pelo que os eventuais efeitos desta medida só terão efetivamente impacto no IPC em maio".

Já a inflação subjacente, que exclui produtos energéticos e alimentares não transformados (por estarem mais sujeitos a variações de preços) registou uma subida homóloga de 6,6%. Em comparação com o mês anterior, essa inflação "crítica" a que o Banco Central Europeu tem estado particularmente atento caiu 0,4 pontos percentuais, sendo este o terceiro mês consecutivo de alívio nesta taxa.

Em termos mensais, o IPC teve uma variação de 0,6%. Já a variação média dos últimos doze meses foi 8,6%, menos 0,1 pontos percentuais do que no mês anterior.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite comparar a evolução dos preços em Portugal com a dos restantes Estados-membros, apresentou uma variação homóloga de 6,9%, menos 1,1 pontos percentuais do que no mês anterior. O valor é ainda inferior em 0,1 pontos percentuais à subida da inflação estimada pelo Eurostat para a Zona Euro.

Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 8,2% em abril, mais do que os 7,3% estimados na Zona Euro.


(Notícia  atualizada às 11:32)
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