Notícia
INE confirma abrandamento da inflação para 2,8% em junho
Desaceleração deveu-se sobretudo ao abrandamento dos preços dos alimentos face ao ano passado. Já os preços da energia voltaram a acelerar e estão agora mais próximos dos 10%. Inflação "crítica" acompanha alívio na inflação geral, denotando uma subida de preços menos persistente.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta quarta-feira que a taxa de inflação homóloga em Portugal abrandou para 2,8% em junho. O abrandamento acontece depois de, em maio, os preços no consumidor terem acelerado, face ao ano anterior, pela terceira vez (não consecutiva) desde o início do ano.
"A variação homóloga do IPC [índice de preços no consumidor] foi 2,8% em junho de 2024, taxa inferior em 0,3 pontos percentuais à registada no mês anterior. Com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada a 28 de junho", lê-se na síntese estatística divulgada pelo INE.
A contribuir para a desaceleração do IPC estiveram sobretudo os preços dos alimentos e dos hotéis. Em junho, o índice relativo aos alimentos não transformados (frescos) aliviou de 2,5% para 1,8%. Já nos hotéis e restaurantes, observou-se um abrandamento de 5,9% para 4,1%, depois de "um evento cultural de dimensão relevante ocorrido em Lisboa" (concertos de Taylor Swift) ter feito subir os preços.
Por outro lado, a impedir um abrandamento maior da subida dos preços estiveram os produtos energéticos. Os dados do INE revelam que a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 9,4%, aproximando-se dos dois dígitos. De notar que, no mês anterior, a variação homóloga tinha sido de 7,8%.
A inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos (por este tipo de produtos estarem mais sujeitos a fortes variações de preços) abrandou também, em termos homólogos, de 2,4%. A chamada "inflação crítica" foi, em comparação com maio, 0,3 pontos percentuais inferior. Esse abrandamento evidencia que a inflação está-se a tornar menos persistente.
Em comparação com o mês anterior, a variação mensal do IPC foi nula. Já a variação média dos últimos doze meses foi 2,5%, menos uma décima do que no mês anterior.
O índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) português, que permite comparar a variação de preços com a dos restantes Estados-membros, abrandou, em termos homólogos, para 3,1% em junho. Esse valor é inferior em 0,7 pontos percentuais ao registado no mês anterior. É, no entanto, superior em seis décimas ao valor estimado pelo Eurostat para a Zona Euro.
O INE dá conta que, no caso do IHPC, a redução dos preços dos hotéis teve ainda um contributo maior na desaceleração registada nos preços. Isso acontece porque, em comparação com o IPC, o IHPC dá um peso maior aos preços de restaurantes e hotéis no cálculo da inflação, por incluir despesas efetuadas por não residentes (turistas) enquanto o IPC considera apenas as despesas mensais de cidadãos nacionais.
Sem contar com os produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal abrandou de 3,6% para 2,7% em junho. A taxa é inferior à correspondente para a Zona Euro (estimada em 2,8%).
(notícia atualizada às 11:37)
"A variação homóloga do IPC [índice de preços no consumidor] foi 2,8% em junho de 2024, taxa inferior em 0,3 pontos percentuais à registada no mês anterior. Com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada a 28 de junho", lê-se na síntese estatística divulgada pelo INE.
Por outro lado, a impedir um abrandamento maior da subida dos preços estiveram os produtos energéticos. Os dados do INE revelam que a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 9,4%, aproximando-se dos dois dígitos. De notar que, no mês anterior, a variação homóloga tinha sido de 7,8%.
A inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos (por este tipo de produtos estarem mais sujeitos a fortes variações de preços) abrandou também, em termos homólogos, de 2,4%. A chamada "inflação crítica" foi, em comparação com maio, 0,3 pontos percentuais inferior. Esse abrandamento evidencia que a inflação está-se a tornar menos persistente.
Em comparação com o mês anterior, a variação mensal do IPC foi nula. Já a variação média dos últimos doze meses foi 2,5%, menos uma décima do que no mês anterior.
O índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) português, que permite comparar a variação de preços com a dos restantes Estados-membros, abrandou, em termos homólogos, para 3,1% em junho. Esse valor é inferior em 0,7 pontos percentuais ao registado no mês anterior. É, no entanto, superior em seis décimas ao valor estimado pelo Eurostat para a Zona Euro.
O INE dá conta que, no caso do IHPC, a redução dos preços dos hotéis teve ainda um contributo maior na desaceleração registada nos preços. Isso acontece porque, em comparação com o IPC, o IHPC dá um peso maior aos preços de restaurantes e hotéis no cálculo da inflação, por incluir despesas efetuadas por não residentes (turistas) enquanto o IPC considera apenas as despesas mensais de cidadãos nacionais.
Sem contar com os produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal abrandou de 3,6% para 2,7% em junho. A taxa é inferior à correspondente para a Zona Euro (estimada em 2,8%).
(notícia atualizada às 11:37)