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INE: Atividade económica da indústria e da construção diminuiu em novembro

A atividade económica dos setores da indústria e da construção diminuiu em termos reais em novembro passado, sinalizando um abrandamento da economia no final de 2022. Na síntese que publicou nesta quarta-feira, o INE recorda a subida "significativa" dos preços em 2022. Mas destaca que o aumento dos preços na produção industrial foi muito maior do que a subida verificada no consumidor.

18 de Janeiro de 2023 às 12:39
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A atividade económica dos setores da indústria e da construção diminuíram em termos reais em novembro passado, sinalizando um abrandamento da economia no final de 2022. Aliás, o indicador de atividade económica que sintetiza um conjunto de indicadores que refletem a evolução da economia, diminuiu no mesmo mês, pela primeira vez desde fevereiro de 2021. 

Os dados são do Instituto Nacional de Estatística (INE) e constam da Síntese Económica de Conjuntura, um destaque produzido pelo gabinete de estatística que reúne os principais dados divulgados no mês anterior. 

Em relação à atividade económica, o INE afirma que, em termos reais, ou seja, já descontando o efeito da inflação, a atividade económica dos setores da indústria e da construção diminuíram. 

Ao mesmo tempo, o indicador de atividade económica, que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, diminuiu em termos homólogos em novembro, após ter desacelerado significativamente em setembro e outubro, registando uma taxa negativa pela primeira vez desde fevereiro de 2021.

Por sua vez, o indicador de clima económico, que resume as respostas de inquéritos qualitativos às empresas, estabilizou em dezembro, após ter aumentado no mês precedente. 

INE destaca aumento significativo de preços

Nesta síntese, o INE destaca ainda o "aumento significativo" dos preços tanto na produção como no consumidor em 2022. Recorde-se que, no ano passado, o Índice de Preços no Consumidor (IPC), registou uma taxa de variação média anual de 7,8% (1,3% em 2021), o valor mais elevado desde 1992. Já variação do indicador de inflação subjacente, medido pelo índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, e que serve para perceber quão enraizada está a subida de preços na economia, foi 5,6% em 2022 (0,8% em 2021).

Mas, de acordo com o INE, o aumento dos preços foi "ainda mais acentuado" na produção industrial, tendo o respetivo índice apresentado uma variação média anual de 21,2% em 2022, o mais elevado da série (6,5% em 2021). Excluindo a componente energética, registou-se uma variação média anual de 14,5%, superior em 9,1 pontos percentuais à de 2021.

O aumento dos preços na produção de bens de consumo também foi "bastante significativo" (12,5%), descreve o INE. Ainda assim, ficou mais próximo do verificado ao nível dos preços no consumidor.
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