Notícia
Indicador da OCDE para a economia portuguesa desce pelo segundo mês
Depois de oito meses consecutivos de crescimento, o indicador da OCDE para a economia portuguesa desceu pelo segundo mês em Outubro.
O Indicador Compósito Avançado da OCDE para Portugal desceu em Outubro pelo segundo mês consecutivo, apontando para um abrandamento da economia nacional na primeira metade do próximo ano.
O índice situou-se em Outubro nos 100,6 pontos, depois de em Setembro ter descido face ao máximo de quase quatro anos fixado em Agosto. A OCDE reviu em baixa os valores dos últimos meses, pois antes apontava para uma subida em Setembro.
Os valores revistos mostram que em Outubro verificou-se a segunda queda consecutiva, que surge depois de oito meses sempre em alta.
Esta evolução aponta para crescimento menos forte na economia portuguesa em 2018, o que está em linha com as mais recentes estimativas para a economia portuguesa.
Ainda hoje a agência Bloomberg publicou dados de uma sondagem efectuada junto de 23 economistas que aponta para um crescimento de 2% no PIB português em 2018, contra 2,6% este ano. Apesar da perspectiva de abrandamento, os economistas reviram as suas projecções para a economia portuguesa em alta.
No que diz respeito ao indicador global para todas as economias da OCDE, o indicador avançado aponta para a manutenção de um bom ritmo de crescimento.
O crescimento deverá estabilizar nos Estados Unidos, Japão, Canadá e Zona Euro como um todo, e a acelerar na Itália e na Alemanha. Em sentido inverso o "outlook" do Reino Unido continua a deteriorar-se, "com sinais mais fortes de abrandamento do crescimento.
O Indicador Compósito Avançado da OCDE é actualizado todos os meses, tendo sido concebido para detectar precocemente sinais de pontos de viragem nos ciclos económicos, com uma antecipação entre seis a nove meses. Quando ele desce mas ainda está acima de 100 (valor que representa a tendência dos últimos tempos), a OCDE considera estar-se perante um provável cenário de desaceleração; quando a tendência é crescente aponta para uma aceleração do PIB.