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Fórum para a Competitividade mais optimista do que Governo quanto ao crescimento

A instituição liderada por Pedro Ferraz da Costa reviu em alta a previsão de crescimento económico para este ano, mas diz que há riscos para o investimento.

Miguel Baltazar
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O Fórum para a Competitividade reviu em alta a previsão de crescimento económico para este ano. Na nota de conjuntura de Abril, o gabinete de estudos aponta para uma subida do PIB a variar entre 1,9% e 2,1%, cálculos mais optimistas do que os apresentados um mês antes quando a instituição acreditava que o crescimento económico se situaria entre 1,7% e 2%. O Governo projecta um crescimento de 1,8% para 2017.

"Tendo em conta a informação, disponível o Fórum para a Competitividade prevê uma aceleração do crescimento do PIB no primeiro trimestre para 2,2% em termos homólogos, e um crescimento de 0,5% em cadeia – ligeiramente acima da previsão
dos meses anteriores", diz a instituição liderada por Pedro Ferraz da Costa. 

O Fórum acredita que "o principal contributo deverá vir do investimento privado, principalmente da construção. Tudo indica que depois do choque negativo de confiança da primeira metade de 2016, o investimento deverá regressar à tendência
de crescimento que vigorava até ao final de 2015".

"Quanto ao crescimento do PIB este ano, o Fórum antevê que se possa situar entre 1,9% e 2,1%", revela a instituição. "O primeiro trimestre deverá ser o mais forte do ano, sendo provável que próximos trimestres registem uma desaceleração do crescimento em cadeia, já que grande parte do impacto dos factores de suporte do final de 2016 e inicio de 2017 já passou", admite a mesma instituição. 

Porém, os economistas que colaboram com o Fórum acreditam que o segundo trimestre "poderá ainda surpreender pela positiva, à boleia do crescimento da área do euro". É neste cenário que o Fórum considera que o PIB possa crescer "acima dos 2% em 2017".

Apesar da melhoria das perspectivas, o Fórum para a Competitividade vê alguns riscos para a evolução do investimento. "Em termos nominais, o crédito às sociedades não financeiras está ao nível do verificado em 2003, mas em termos reais (deflacionado pelo Índice Harmonizado de Preços ao Consumidor, IHPC) recuou para valores de 2000. Se esta tendência não se inverter a breve trecho, será difícil que os cenários de crescimento previstos pelo Governo se concretizem, pela sua significativa – e saudável – dependência da recuperação do investimento."

Na mesma nota de conjuntura, o Fórum para a Competitividade analisa também o Programa de Estabilidade, que o Governo aprovou a 13 de Abril. O gabinete de estudos defende que o "esforço orçamental entre 2016 e 2021 reside praticamente no efeito do crescimento económico" e avisa que "se a economia desacelerar, não haverá margem orçamental para atingir os objectivos propostos" e que as projecções das despesas com juros são optimistas. 
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