Notícia
FMI vê inflação chegar aos 6% em Portugal este ano
Depois de uma missão a Portugal, o FMI reviu em alta a estimativa de crescimento económico e de inflação para este ano. O Fundo espera agora que o PIB português cresça 4,5% e que os preços cresçam 6%.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que os preços subam 6% este ano e que a economia cresça 4,5%, revendo as duas estimativas em alta face ao antecipando há apenas um mês, segundo um comunicado divulgado nesta segunda-feira, 16 de maio, depois de uma missão a Portugal.
"O crescimento deve abrandar para 4,5% em 2022 e para 2% em 2023, o que representa uma descida comulativa de cerca de um ponto face ao pré-guerra", afirma o FMI, num comunicado depois de ter concluído uma visita a Portugal no âmbito do Artigo IV do Fundo (que prevê missões aos países membros, para avaliar as suas economias).
O Fundo espera que a economia cresça liderada pelo consumo privado, em linha com uma normalização mais rápida da taxa de poupança das famílias em relação à média da pré-aondemia e com os investimentos do Next Generation EU, bem como pelas exportações, esperando que o turismo atinja o seu nível pré-pandemia em 2023.
No entanto, avisa o FMI, a economia portuguesa está a "enfrentar novos riscos" que decorrem da guerra na Ucrânia. Embora as ligações diretas com a Rússia e a Ucrânia seja limitadas, a guerra tem efeitos através da subida de preços das matérias-primas, de constrangimentos na oferta, de menor confiança, de uma procura externa menor e condições de financiamento menos favoráveis. Tudo isto, afirma o FMI, "vai pesar na recuperação e fazer subir os preços".
Nesse sentido, o FMI estima que a inflação dispare para 6% este ano, "começando a recuar em 2023, com a descida dos preços da energia e dos alimentos".
Estas estimativas, da equipa liderada por Rupa Duttagupta, são mais otimistas para o crescimento do que o estimado há cerca de um mês no World Economic Outlook (que previa que o PIB avançasse 4%), mas bastante mais pessimistas para a inflação. A previsão anterior do FMI era de 4% e já vinha de uma forte revisão em alta, face ao pré-guerra. Aliás, as estimativas do FMI são mais altas do que as da Comissão Europeia (que hoje divulgou uma previsão de IHPC de 4,4% em Portugal este ano).
E o FMI mostra-se mais pessimista do que o Governo, tanto para a subida de preços, como para o crescimento do PIB. Na proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2022, o ministro das Finanças estima um crescimento económico de 4,9% e uma inflação de 4% (quando medida pelo IHPC).
(Notícia em atualização)
"O crescimento deve abrandar para 4,5% em 2022 e para 2% em 2023, o que representa uma descida comulativa de cerca de um ponto face ao pré-guerra", afirma o FMI, num comunicado depois de ter concluído uma visita a Portugal no âmbito do Artigo IV do Fundo (que prevê missões aos países membros, para avaliar as suas economias).
No entanto, avisa o FMI, a economia portuguesa está a "enfrentar novos riscos" que decorrem da guerra na Ucrânia. Embora as ligações diretas com a Rússia e a Ucrânia seja limitadas, a guerra tem efeitos através da subida de preços das matérias-primas, de constrangimentos na oferta, de menor confiança, de uma procura externa menor e condições de financiamento menos favoráveis. Tudo isto, afirma o FMI, "vai pesar na recuperação e fazer subir os preços".
Nesse sentido, o FMI estima que a inflação dispare para 6% este ano, "começando a recuar em 2023, com a descida dos preços da energia e dos alimentos".
Estas estimativas, da equipa liderada por Rupa Duttagupta, são mais otimistas para o crescimento do que o estimado há cerca de um mês no World Economic Outlook (que previa que o PIB avançasse 4%), mas bastante mais pessimistas para a inflação. A previsão anterior do FMI era de 4% e já vinha de uma forte revisão em alta, face ao pré-guerra. Aliás, as estimativas do FMI são mais altas do que as da Comissão Europeia (que hoje divulgou uma previsão de IHPC de 4,4% em Portugal este ano).
E o FMI mostra-se mais pessimista do que o Governo, tanto para a subida de preços, como para o crescimento do PIB. Na proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2022, o ministro das Finanças estima um crescimento económico de 4,9% e uma inflação de 4% (quando medida pelo IHPC).
(Notícia em atualização)