Notícia
FMI: Portugal de hoje é muito diferente de 2011 mas tem de continuar focado
Portugal "era um país com uma dívida pública e privada que estavam ambas a subir naquela altura. Agora, têm estado a descer e a dívida pública recuou de 130% há dois anos para 120% do PIB".
26 de Março de 2019 às 07:14
O chefe da missão do FMI em Portugal considera que o Portugal de hoje "está muito diferente" em relação ao país de 2011, mas tem de continuar focado na continuação do trabalho que tem pela frente.
"O país está muito diferente e está a ir na direção certa. Mas não pode sentir-se completamente complacente. Deve sentir satisfação no progresso que fez, mas tem de continuar focado na continuação do trabalho que existe pela frente", afirmou Alfredo Cuevas em entrevista à Lusa, à margem da conferência 'Portugal: reforma e crescimento dentro da Zona Euro', que decorreu na segunda-feira no Museu do Dinheiro, em Lisboa.
O responsável respondia quando questionado sobre se Portugal está muito diferente do Portugal de 2011, quando pediu a assistência internacional.
"Sim, existem muitas diferenças. Quando se pensa nesse país, era um país com uma dívida pública e privada que estavam ambas a subir naquela altura. Agora, têm estado a descer e a dívida pública recuou de 130% há dois anos para 120% do PIB" (produto interno bruto), frisou.
E acrescentou que em 2011 Portugal também registava défices na ordem de 10% do PIB, "o que significa que o país estava a acumular dívida externa a um ritmo muito acelerado", ao contrário do que se regista agora, com um défice orçamental quase nulo.
Alfredo Cuevas comentou também a evolução das taxas de juro da dívida pública, que negociavam acima dos 10% em 2011, estando agora a negociar há mais de um ano nos 2% e tendo atingido este mês os 1,3% nas obrigações do tesouro a 10 anos.
"Vemos muitas melhorias, mas também enfatizamos que ainda há muito trabalho a fazer. Ainda temos um elevado rácio da dívida em relação ao PIB, cerca de 120% no caso da dívida pública, a terceira mais elevada da zona euro", alertou, acrescentando que também "houve muitos progressos na redução do crédito malparado, mas ainda está elevado de acordo com o 'standard' europeu e é preciso trabalhar nisso".
Questionado sobre a evolução do mercado laboral e sobre a competitividade da economia portuguesa, Alfredo Cuevas referiu que "também houve progressos a esse nível".
"As reformas durante o programa lançaram as bases para a recuperação do mercado de trabalho nos últimos anos, ao tornar mais fácil a contratação por parte das empresas. Creio que é um elemento do programa que fez a diferença no dia a dia da vida dos portugueses", frisou.
Foi a 6 de abril de 2011 que Portugal pediu assistência internacional, sendo a terceira vez que o país foi alvo da intervenção do FMI. A primeira vez foi em 1977 e a segunda em 1983.
Alfredo Cuevas assumiu a função de chefe da missão do FMI para Portugal em setembro de 2017, depois de Paul Thomsen, Abebe Selassie e Subir Lall.
"O país está muito diferente e está a ir na direção certa. Mas não pode sentir-se completamente complacente. Deve sentir satisfação no progresso que fez, mas tem de continuar focado na continuação do trabalho que existe pela frente", afirmou Alfredo Cuevas em entrevista à Lusa, à margem da conferência 'Portugal: reforma e crescimento dentro da Zona Euro', que decorreu na segunda-feira no Museu do Dinheiro, em Lisboa.
"Sim, existem muitas diferenças. Quando se pensa nesse país, era um país com uma dívida pública e privada que estavam ambas a subir naquela altura. Agora, têm estado a descer e a dívida pública recuou de 130% há dois anos para 120% do PIB" (produto interno bruto), frisou.
E acrescentou que em 2011 Portugal também registava défices na ordem de 10% do PIB, "o que significa que o país estava a acumular dívida externa a um ritmo muito acelerado", ao contrário do que se regista agora, com um défice orçamental quase nulo.
Alfredo Cuevas comentou também a evolução das taxas de juro da dívida pública, que negociavam acima dos 10% em 2011, estando agora a negociar há mais de um ano nos 2% e tendo atingido este mês os 1,3% nas obrigações do tesouro a 10 anos.
"Vemos muitas melhorias, mas também enfatizamos que ainda há muito trabalho a fazer. Ainda temos um elevado rácio da dívida em relação ao PIB, cerca de 120% no caso da dívida pública, a terceira mais elevada da zona euro", alertou, acrescentando que também "houve muitos progressos na redução do crédito malparado, mas ainda está elevado de acordo com o 'standard' europeu e é preciso trabalhar nisso".
Questionado sobre a evolução do mercado laboral e sobre a competitividade da economia portuguesa, Alfredo Cuevas referiu que "também houve progressos a esse nível".
"As reformas durante o programa lançaram as bases para a recuperação do mercado de trabalho nos últimos anos, ao tornar mais fácil a contratação por parte das empresas. Creio que é um elemento do programa que fez a diferença no dia a dia da vida dos portugueses", frisou.
Foi a 6 de abril de 2011 que Portugal pediu assistência internacional, sendo a terceira vez que o país foi alvo da intervenção do FMI. A primeira vez foi em 1977 e a segunda em 1983.
Alfredo Cuevas assumiu a função de chefe da missão do FMI para Portugal em setembro de 2017, depois de Paul Thomsen, Abebe Selassie e Subir Lall.