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Faturação nos serviços dispara em abril mas ainda abaixo de níveis de 2019
Apesar da forte recuperação observada em apenas um mês, o índice continua 11,2% aquém dos valores observados em 2020. As principais melhorias notaram-se nos ramos do comércio grossista e de alojamento e restauração.
O índice de volume de negócios no setor dos serviços acelerou para os 43,6% em termos homólogos durante o mês de abril graças aos passos positivos tomados no desconfinamento em praticamente todo o país, mas também devido ao efeito de base, uma vez que em abril de 2020 ainda vigorava o confinamento. Apesar da forte subida, o indicador continua 11,2% aquém dos valores de abril de 2019.
Os dados são dos Instituto Nacional de Estatística que destaca uma forte recuperação face a março, em que o valor registado para o índice de volume de negócios era de 0,5%. Desde fevereiro de 2020 que o indicador não registava um valor positivo.
Entre as rubricas com maior contributo para o disparar do índice estão o comércio grossista e o comércio e reparação de automóveis e motociclos que contribuíram com 28,8 p.p. (dos 43,5%) graças a uma variação homóloga de 48,4% e a um crescimento de 7,3% face ao mês de março. Só o comércio automóvel registou um crescimento homólogo de 145%, o que se explica com o efeito de base, uma vez que em 2020 os stands apenas reabriram no início de maio.
Também os negócios do alojamento e restauração apresentaram resultados positivos. A atividade cresceu 132,9% face ao mesmo mês do ano passado e contribuiu para o índice com 4,1 p.p. O INE destaca, ainda assim, que o setor "continuou a apresentar a maior redução de atividade, superior a 50%" em relação ao último mês pré-pandémico (fevereiro de 2020)
Também o setor dos transportes mais do que duplicou face ao ano passado (102,2%) embora a rubrica de transportes e armazenagem se fique por um crescimento homólogo de 44,9% com um contributo de 5,1 p.p para o índice, mas está ainda 25,5% abaixo dos valores registados em 2019.
Já os índices de emprego, remunerações e horas de trabalho ajustadas aos efeitos do calendário "apresentaram variações homólogas de -3,4%, 4,6% e 18,5%, respetivamente", mantendo-se em níveis negativos: -8,9% no índice de empregos, -5,2% no índice de remunerações e -14,2% no índice de horas trabalhadas.