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Exportações disparam 20% em Janeiro e importações avançam 22%

As exportações portuguesas de bens aumentaram 19,6% em Janeiro, segundo os números publicados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Um dos motivos para este crescimento é o facto de este mês ter tido mais dois dias úteis do que o mesmo mês de 2016. As importações avançaram a um ritmo ainda mais forte: 22,3%.

Pedro Elias
13 de Março de 2017 às 11:04
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Os dados do INE mostram um comportamento forte das exportações neste arranque de 2017, seguindo a tendência observada no final do ano anterior. Os avanços chegaram via União Europeia, bem como países terceiros. "Em Janeiro de 2017, em termos das variações homólogas mensais, as exportações cresceram 19,6% (12,0% em Dezembro de 2016), devido à evolução registada quer no Comércio Intra-UE (15,9%) quer no Comércio Extra-UE (33,0%)", escrevem os técnicos do INE.

No entanto, o instituto avisa que, em parte, este resultado se explica com a existência de mais dois dias úteis em Janeiro de 2017 face a Janeiro de 2016. "Esta evolução deve-se, parcialmente, à diferença no número de dias úteis no período de referência: Janeiro de 2017 registou mais 2 dias úteis do que os meses anterior e homólogo de 2016", acrescenta o INE.

Entre as categorias de produtos que mais ajudaram as vendas de mercadorias ao exterior estão os fornecimentos industriais, material de transporte e combustíveis. Estes três grupos de bens cresceram 15,9%, 25,1% e 59,7%, respectivamente. Do lado das importações, o grande destaque vai também para os combustíveis, que dispararam 106% em Janeiro. Tanto as saídas como as entradas de combustíveis deverão ser bastante influenciadas pelo flutuação do preço do petróleo. Se excluirmos os combustíveis destas contas devido à sua volatilidade, os números continuam a mostrar um crescimento robusto do comércio internacional, com um reforço de 17,1% das exportações e de 14,6% das importações. 

Entre os principais clientes das empresas portuguesas, o INE nota que apenas as vendas para Itália recuaram face ao mesmo mês de 2016, com os maiores aumentos a virem de Espanha, Alemanha e França. 

Como as importações cresceram a um ritmo superior às exportações, o saldo comercial acabou por ser penalizado em Janeiro, registando um défice de 941 milhões de euros nesse mês, o que representa um agravamento de 252 milhões em comparação com 2016. Se mais uma vez retirarmos os combustíveis da equação - já que prejudicam sempre muito este saldo - o défice praticamente estabiliza, com uma ligeira melhoria de 541 milhões para 535 milhões de euros.
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