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Exportações crescem 1,8% no trimestre e marcam melhor avanço do Governo Costa

Setembro foi um mês positivo para as exportações nacionais. A subida de 6,6% das exportações foi a melhor desde Junho do ano passado. O trimestre registou a melhor evolução em um ano mas abaixo do conseguido no arranque de 2015. O défice comercial encolheu.

Bruno Simão
09 de Novembro de 2016 às 11:31
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Setembro foi um bom mês para as exportações nacionais após meses que estavam a ser negativos. Foi o melhor mês desde Junho de 2015. Marcou, igualmente, o primeiro trimestre positivo neste indicador desde Janeiro deste ano e a melhor evolução desde que o Governo de António Costa está no poder.

 

"Em Setembro de 2016, em termos de variações homólogas mensais, as exportações cresceram 6,6%, sobretudo em resultado das exportações intra-EU", assinala o destaque divulgado esta quarta-feira, 9 de Novembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Foram exportados 4,4 mil milhões de euros em bens naquele mês, mais 300 milhões do que em igual mês do ano passado.

 

Agosto já tinha sido um mês positivo em relação ao mesmo mês de 2015 (5,1%) mas Setembro consegue agora superá-lo e atingir a maior evolução homóloga desde Junho de 2015 no que diz respeito às exportações de bens.

 

Espanha é principal ajuda mas Roménia dá auxílio

 

A subida das exportações teria sido maior, na ordem dos 7,8%, se excluindo os combustíveis e lubrificantes, que têm tendência para ser mais voláteis. De resto, todas as categorias de bens subiram nas vendas para o exterior: produtos alimentares e bebidas e maquinaria são exemplos.

 

Também a rubrica de material de transporte e acessórias ajudou Portugal na comercialização de bens com os países estrangeiros. O INE explica porquê: no item, outro material de transporte, houve um aumento de 79,8% "devido fundamentalmente à exportação de aviões militares para a Roménia".

 

Ainda assim, Espanha continua a ser o principal mercado cliente, para onde o país exportou mais 139 milhões de euros em Setembro, um avanço de 13,4% em termos homólogos. França e Estados Unidos também registaram as maiores subidas em valor absoluto (30 e 27 milhões, respectivamente), com a China a ganhar em crescimento relativo (48,6%). A Alemanha e Angola registaram as quebras enquanto clientes.

 

Melhor trimestre num ano

 

Sendo um mês positivo, Setembro conseguiu fazer com que o terceiro trimestre verificasse um avanço de 1,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Desde Janeiro que não havia um trimestre positivo nas exportações de bens, já que as vendas para o exterior apresentavam um desempenho negativo. Agora, é o melhor trimestre desde Setembro de 2015.

 

Este é o valor mais elevado desde que o novo Governo, liderado por António Costa, tomou posse. No entanto, a subida de 1,8% fica aquém das taxas de variações homólogas verificadas, por exemplo, no arranque de 2015, quando o Executivo de Pedro Passos Coelho estava o poder. 

 

Importações somam no trimestre seis meses depois

 

Setembro também verificou um avanço de 1,9% nas compras de bens ao exterior para 5,3 mil milhões de euros. Um crescimento que seria superior se excluindo os combustíveis (3,6%). Aqui, é também o comércio intra-UE a explicar a evolução positiva, avança o INE.

 

Tal como nas exportações, as compras de máquinas e outros bens de capital e de produtos alimentares e bebidas contam para o agravamento das importações.

 

"Nas importações, no âmbito dos maiores países fornecedores em 2015, Alemanha, Espanha e Reino Unido foram os que mais contribuíram para o acréscimo global verificado em Setembro de 2015", indica o INE no destaque publicado. Contudo, "as importações originárias de Angola, após o aumento verificado no mês anterior, voltaram a diminuir significativamente".

 

No trimestre, as importações somaram 0,8%. Desde Abril que a evolução era negativa. Cinco meses depois, voltam a crescer.

 

Défice balança comercial encolhe mas não muito

 

Com as exportações a avançarem mais do que as importações, o saldo da balança comercial melhorou, ficando menos negativo. O défice era de quase 1,2 mil milhões de euros em Agosto, fixando-se em 921 milhões no mês seguinte.

 

Mesmo assim, o desequilíbrio entre exportações e importações era inferior em Julho, quando estava em 557 milhões de euros. 


(Notícia actualizada às 12:08 com mais informações e com novo título)
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