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Excedente externo da economia diminui 397 milhões no arranque do ano

Saldo positivo das contas externas nacionais diminuiu 397 milhões em janeiro. Diminuição reflete um agravamento do défice da balança comercial de bens e da balança de rendimento primário. Já o excedente da balança comercial de serviços voltou a aumentar, devido sobretudo ao turismo.

Armando Franca/AP
21 de Março de 2025 às 11:31
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A economia portuguesa apresentou um excedente externo de 535 milhões de euros em janeiro, segundo dados do Banco de Portugal (BdP) divulgados esta sexta-feira. Em comparação com janeiro do ano passado, o saldo positivo das contas externas nacionais diminuiu 397 milhões, devido a um agravamento do défice da balança comercial de bens e da balança de rendimento primário.

No que toca à balança comercial, os dados do BdP revelam que um aumento de 254 milhões de euros no défice da balança de bens, explicado pelo facto de o crescimento das importações (302 milhões) ter sido superior ao das exportações (49 milhões). Em sentido contrário, o excedente da balança de serviços aumentou 322 milhões de euros, devido sobretudo à subida de 108 milhões no saldo das viagens e turismo.

A redução do saldo das contas externas reflete ainda um aumento de 223 milhões de euros no défice da balança de rendimento primário, decorrente de uma "menor atribuição de fundos da União Europeia a título de subsídios". Já o excedente da balança de rendimento secundário, onde se incluem prémios de jogo, donativos públicos, multas e remessas de emigrantes/imigrantes, diminuiu 86 milhões de euros face a janeiro de 2024.

Por outro lado, o excedente da balança de capital, onde se destacam as transferências de fundos europeus para investimento e transações sobre ativos não financeiros não produzidos (como passes de atletas), diminuiu, em termos homólogos, 156 milhões em janeiro.

É de notar ainda que o saldo da balança financeira diminuiu para 29 milhões de euros, traduzindo a capacidade de financiamento da economia portuguesa face ao exterior. Os bancos e as administrações públicas foram os setores que mais contribuíram para este saldo, "através, respetivamente, do investimento em títulos de dívida estrangeira e do aumento de depósitos no exterior". Em sentido contrário, o Banco de Portugal teve "a maior redução dos ativos líquidos sobre o exterior, devido ao aumento de passivos em depósitos", revela.

(notícia atualizada às 11:46)

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