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Empresas prevêem abrandar investimento este ano

O investimento empresarial vai crescer pelo terceiro ano em 2018, mas a um ritmo inferior ao de 2017.

Bruno Simão
26 de Janeiro de 2018 às 11:35
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O Inquérito de Conjuntura ao Investimento do Instituto Nacional de Estatística mostra que o investimento das empresas terá aumentado 5,5% no ano passado, devendo a taxa de crescimento abrandar este ano.

 

De acordo com o inquérito, realizado entre 1 de Outubro de 2017 e 17 de Janeiro de 2018, o investimento empresarial em termos nominais deverá apresentar uma taxa de variação de 3,7% em 2018.

 

A confirmar-se, o crescimento do investimento este ano ficará abaixo do registado em 2017, já que a taxa de crescimento do ano passado foi revista em alta neste inquérito para 5,5%, melhor do que os 5,1% anteriormente perspectivados. As intenções de investimento por parte dos empresários têm vindo a aumentar, já que no inquérito de Outubro de 2016 se apontava para um aumento do investimento de 3,8% em 2017.

 

Os resultados do inquérito do INE dão conta que 2018 deverá ser o terceiro ano consecutivo de taxas de crescimento positivas no investimento das empresas, depois da estagnação registada em 2015 e das fortes quedas registadas entre 2009 e 2013.

 

A evolução positiva da economia portuguesa ao longo do ano passado terá sido determinante para esta perspectiva mais animadora dos empresários portugueses, sendo que este incremento está muito ligado ao aumento da procura.

 

"Entre os objectivos do investimento, perspectiva-se, entre 2017 e 2018, um aumento da importância relativa do investimento associado à extensão da capacidade de produção, enquanto o peso relativo dos investimentos orientados para a substituição e para outras finalidades deverá diminuir e o investimento orientado para a racionalização e restruturação manterá a sua importância relativa inalterada", refere o INE.

 

A economia portuguesa terá registado um crescimento acima de 2,5% no ano passado, o que representa a expansão mais forte da última década. As perspectivas dos economistas apontam para um abrandamento em 2018, embora o crescimento do PIB deva permanecer acima de 2%.

 

O INE adianta que "o principal factor limitativo do investimento empresarial identificado pelas empresas nos dois anos analisados foi a deterioração das perspectivas de venda, seguindo-se, em 2017, a incerteza sobre a rentabilidade dos investimentos e, em 2018, a insuficiência da capacidade de autofinanciamento".

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