Notícia
Eletricidade e fim do IVA Zero fazem inflação acelerar para 2,3% no arranque do ano
Janeiro trouxe uma nova aceleração dos preços de venda ao consumidor. A aceleração é explicada pelo aumento de preços da eletricidade e pelo fim da isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais. Inflação crítica manteve trajetória decrescente.
O arranque do ano trouxe uma nova aceleração nos preços. A taxa de inflação terá acelerado para 2,3% em janeiro, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgada esta quarta-feira. A aceleração é explicada, em parte, pelo aumento de preços da eletricidade e pelo fim do "IVA Zero" em bens alimentares essenciais.
"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do índice de preços no consumidor (IPC) terá aumentado para 2,3% em janeiro de 2024, taxa superior em 0,9 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior", indica o INE.
A aceleração acontece após quatro meses de abrandamento consecutivos da inflação em Portugal. Em dezembro, a taxa de inflação foi de 1,4%, o valor mais baixo desde junho de 2021. Dezembro foi, aliás, o segundo mês seguido em que a variação homóloga do IPC foi inferior à meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE).
Apesar da subida do IPC, a inflação subjacente, que exclui energia e produtos alimentares (por estarem mais sujeitos a variações de preços) manteve uma trajetória decrescente. Em janeiro, a chamada "inflação crítica" aliviou uma décima para 2,5%, sendo este o indicador ao qual o BCE tem estado especiamente atento por permitir perceber o nível de transmissão de preços entre os diferentes produtos do cabaz.
No caso da energia, os preços voltaram a registar uma variação positiva em janeiro, após em 10 meses consecutivos em terreno negativo. A estimativa do INE aponta para que o índice relativo aos produtos energéticos tenha aumentado para 0,2%, o que compara com uma variação de -10,5% registada no mês anterior.
Também o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá acelerado para 3,2% em janeiro, depois de ter abrandado nos últimos 10 meses. A variação homóloga estimada em janeiro compara com uma taxa de 2% registada nos alimentos não transformados em dezembro.
Em comparação com o mês anterior, a variação do IPC terá sido nula, depois de em dezembro ter sido negativo em 0,4%. O INE estima ainda que a variação média nos últimos doze meses tenha sido de 3,8%, menos 0,5 pontos percentuais do que no mês anterior.
Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite comparar a evolução dos preços entre Estados-membros da União Europeia, terá registado uma variação homóloga de 2,6%. Em dezembro, a variação tinha sido de 1,9%, menos 0,7 pontos percentuais do que o agora estimado.
Os dados definitivos do IPC de janeiro serão publicados no próximo dia 12 de fevereiro.
(notícia atualizada às 11:28)
"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do índice de preços no consumidor (IPC) terá aumentado para 2,3% em janeiro de 2024, taxa superior em 0,9 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior", indica o INE.
Apesar da subida do IPC, a inflação subjacente, que exclui energia e produtos alimentares (por estarem mais sujeitos a variações de preços) manteve uma trajetória decrescente. Em janeiro, a chamada "inflação crítica" aliviou uma décima para 2,5%, sendo este o indicador ao qual o BCE tem estado especiamente atento por permitir perceber o nível de transmissão de preços entre os diferentes produtos do cabaz.
No caso da energia, os preços voltaram a registar uma variação positiva em janeiro, após em 10 meses consecutivos em terreno negativo. A estimativa do INE aponta para que o índice relativo aos produtos energéticos tenha aumentado para 0,2%, o que compara com uma variação de -10,5% registada no mês anterior.
Também o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá acelerado para 3,2% em janeiro, depois de ter abrandado nos últimos 10 meses. A variação homóloga estimada em janeiro compara com uma taxa de 2% registada nos alimentos não transformados em dezembro.
Em comparação com o mês anterior, a variação do IPC terá sido nula, depois de em dezembro ter sido negativo em 0,4%. O INE estima ainda que a variação média nos últimos doze meses tenha sido de 3,8%, menos 0,5 pontos percentuais do que no mês anterior.
Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite comparar a evolução dos preços entre Estados-membros da União Europeia, terá registado uma variação homóloga de 2,6%. Em dezembro, a variação tinha sido de 1,9%, menos 0,7 pontos percentuais do que o agora estimado.
Os dados definitivos do IPC de janeiro serão publicados no próximo dia 12 de fevereiro.
(notícia atualizada às 11:28)