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Eletricidade e fim do IVA Zero fazem inflação acelerar para 2,3% no arranque do ano

Janeiro trouxe uma nova aceleração dos preços de venda ao consumidor. A aceleração é explicada pelo aumento de preços da eletricidade e pelo fim da isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais. Inflação crítica manteve trajetória decrescente.

Uma subida acentuada dos bens alimentares pode afetar mais as famílias de rendimentos mais baixos, uma vez que gastam uma maior parte do seu salário em alimentação.
GettyImages
31 de Janeiro de 2024 às 11:05
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O arranque do ano trouxe uma nova aceleração nos preços. A taxa de inflação terá acelerado para 2,3% em janeiro, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgada esta quarta-feira. A aceleração é explicada, em parte, pelo aumento de preços da eletricidade e pelo fim do "IVA Zero" em bens alimentares essenciais.

"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do índice de preços no consumidor (IPC) terá aumentado para 2,3% em janeiro de 2024, taxa superior em 0,9 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior", indica o INE.

A aceleração acontece após quatro meses de abrandamento consecutivos da inflação em Portugal. Em dezembro, a taxa de inflação foi de 1,4%, o valor mais baixo desde junho de 2021. Dezembro foi, aliás, o segundo mês seguido em que a variação homóloga do IPC foi inferior à meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE).



Apesar da subida do IPC, a inflação subjacente, que exclui energia e produtos alimentares (por estarem mais sujeitos a variações de preços) manteve uma trajetória decrescente. Em janeiro, a chamada "inflação crítica" aliviou uma décima para 2,5%, sendo este o indicador ao qual o BCE tem estado especiamente atento por permitir perceber o nível de transmissão de preços entre os diferentes produtos do cabaz.

No caso da energia, os preços voltaram a registar uma variação positiva em janeiro, após em 10 meses consecutivos em terreno negativo. A estimativa do INE aponta para que o índice relativo aos produtos energéticos tenha aumentado para 0,2%, o que compara com uma variação de -10,5% registada no mês anterior.

Também o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá acelerado para 3,2% em janeiro, depois de ter abrandado nos últimos 10 meses. A variação homóloga estimada em janeiro compara com uma taxa de 2% registada nos alimentos não transformados em dezembro.

Em comparação com o mês anterior, a variação do IPC terá sido nula, depois de em dezembro ter sido negativo em 0,4%. O INE estima ainda que a variação média nos últimos doze meses tenha sido de 3,8%, menos 0,5 pontos percentuais do que no mês anterior.

Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite comparar a evolução dos preços entre Estados-membros da União Europeia, terá registado uma variação homóloga de 2,6%. Em dezembro, a variação tinha sido de 1,9%, menos 0,7 pontos percentuais do que o agora estimado. 

Os dados definitivos do IPC de janeiro serão publicados no próximo dia 12 de fevereiro.

(notícia atualizada às 11:28) 
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