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Economia recupera em Janeiro pelo segundo mês consecutivo

O indicador do Banco de Portugal para medir a actividade económica permaneceu em terreno negativo em Janeiro, mas inverteu o ciclo de deterioração que se verificou durante quase um ano. O consumo das famílias continua a abrandar.

Bruno Simão/Negócios
18 de Fevereiro de 2015 às 14:20
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Os dados divulgados pelo Banco de Portugal esta quarta-feira, 18 de Fevereiro, apontam para uma recuperação da economia portuguesa no início de 2015, embora o consumo das famílias continue a desacelerar.

 

O indicador coincidente mensal para a actividade económica registou uma queda homóloga de 0,1% em Janeiro deste ano, o que compara com a descida de 0,4% em Dezembro e 0,6% em Novembro. Trata-se assim do segundo mês em que este indicador melhora de um mês para o outro e segue-se a um período de 11 meses consecutivos de deterioração.

 

Dezembro de 2013 foi o último mês em que o indicador tinha apresentado uma trajectória positiva durante dois meses seguidos. Entre Janeiro e Novembro de 2014 a tendência foi sempre de queda.

 

Quanto ao consumo privado, a tendência continua a ser de desaceleração, com o indicador a registar uma subida de 1,3% em Janeiro, que compara com um aumento de 1,6% em Dezembro de 2014. Este foi o sexto mês consecutivo de abrandamento, depois de na maioria dos meses do ano passado a taxa de crescimento ter sido superior a 2%.  

 

Estes dados publicados pelo Banco de Portugal surgem no mesmo dia em que o Instituto Nacional de Estatística (INE) publicou a Síntese Económica de Conjuntura, que dá conta que a actividade económica em Portugal prosseguiu, em Dezembro, a tendência de declínio iniciada em Julho.  

 

Os dados das contas nacionais revelados pelo INE na sexta-feira apontam para que o PIB português tenha crescido 0,9% em 2014, após um abrandamento no último trimestre do ano (taxa de crescimento de 0,7%).

 

 
O que são os indicadores coincidentes

De acordo com a explicação do Banco de Portugal, os "indicadores coincidentes são indicadores compósitos que procuram captar a evolução subjacente da variação homóloga do respectivo agregado macroeconómico. Assim sendo, apresentam um perfil mais alisado e não se destinam a reflectir em cada momento do tempo a evolução da taxa de variação homóloga do respectivo agregado de Contas Nacionais. Saliente-se também que os valores passados dos indicadores coincidentes podem ser revistos devido quer a revisões estatísticas da informação de base quer devido à chegada de nova informação.

 

As metodologias destes indicadores podem ser consultadas em "Um novo indicador coinciden-te para a economia portuguesa", Boletim Eco-nómico junho 2004 e "Um novo indicador coincidente para o consumo privado em Por-tugal", Boletim Económico outono 2005. As séries históricas dos indicadores coincidentes podem ser consultadas aqui.

 

 

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