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Dívida externa cai para 85,1% do PIB, um mínimo de oito anos

Apesar de a dívida externa se estar a reduzir, o excedente externo está cada vez mais curto. No final de 2019, ficou em 0,9% do PIB, mostram os dados do Banco de Portugal.

19 de Fevereiro de 2020 às 11:17
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O peso da dívida externa portuguesa, um indicador que mede a diferença entre os ativos e os passivos do país em relação ao resto do mundo, caiu para 179,8 mil milhões de euros, o equivalente a 85,1% do PIB. É preciso recuar ao segundo trimestre de 2011, quando o país entrou no programa de resgate da troika, para encontrar um valor mais baixo. Os dados foram revelados esta quarta-feira, 19 de fevereiro, pelo Banco de Portugal.

Em percentagem do PIB, a dívida externa líquida reduziu-se em 4,4 pontos percentuais entre o final de 2018, e o final de 2019, explica o Banco de Portugal, que aproveitou a publicação para fazer pequenas revisões aos números passados.
 

Ainda assim, e apesar da tendência positiva de redução da dívida, o saldo da balança corrente e de capital, que corresponde ao saldo externo, reduziu-se. Ou seja, Portugal continua a conseguir uma posição excedentária, à semelhança do que tem vindo a acontecer desde 2012, mas o superavit foi o mais baixo desde esse ano.

Até dezembro, o saldo fixou-se em 1.871 milhões de euros, quase mil milhões de euros a menos do que o que tinha sido conseguido em 2018. Face ao PIB, o saldo externo ficou em 0,9%, abaixo dos 1,4% do ano anterior.

O Banco de Portugal explica que a deterioração do saldo ficou a dever-se ao aumento do défice da balança de bens (subiu 819 milhões de euros) e do défice da balança de rendimento primário (piorou 337 milhões de euros). Já a balança de serviços ficou mais excedentária, mas não foi o suficiente para compensar estes movimentos. Os números mostram uma melhoria de 144 milhões de euros, para a qual deram uma ajuda determinante os serviços de viagens e turismo.

(Notícia atualizada às 11:45)
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