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Défice dos Estados Unidos aumentou pela primeira vez desde 2009
Pela primeira vez desde 2009, o défice orçamental dos Estados Unidos cresceu, uma evolução que se fica a dever ao aumentou verificado na rubrica da despesa.
Um relatório do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, conhecido na passada sexta-feira, 14 de Outubro, em Washington, mostra que o défice orçamental da maior economia mundial aumentou pela primeira vez desde 2009 devido, em especial, ao crescimento registado na despesa.
A rubrica da despesa superou em 587,4 mil milhões de dólares a da receita durante os 12 meses findos em 30 de Setembro deste ano, desempenho que compara com o défice orçamental de 439,1 mil milhões de dólares que havia sido no ano fiscal anterior.
Trata-se, ainda assim, de um resultado que ficou em linha com as estimativas do Comité Orçamental do Congresso norte-americano que apontava para um défice de 588 mil milhões de dólares. Assim, o défice orçamental foi de 3,2% do PIB norte-americano, acima dos 2,5% registados em igual período do ano passado.
Segundo escreve a agência Bloomberg, este primeiro crescimento do défice em sete anos resulta em especial do aumento dos níveis de despesa, designadamente resultante do reforço dos gastos governamentais e emissão de dívida provocados por uma população norte-americana cada vez mais envelhecida.
O Tesouro norte-americano revelou que foram verificados aumentos de despesa com a Segurança Social, a Medicare, a Medicaid, bem como o pagamento dos juros resultante de um mais pesado serviço da dívida.
A Bloomberg recorda ainda que o aumentou do défice acontece uma semana depois de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter alertado para os riscos do crescente endividamento, o que, sustentava a instituição liderada por Christine Lagarde, dificulta o trabalho da autoridade monetária dos Estados Unidos, que se propôs utilizar as políticas monetárias para estimular a economia do país.
Numa altura em que falta cerca de um mês para as eleições presidenciais norte-americanas, os dois principais candidatos à Casa Branca, a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump, propõem aumentos dos níveis da despesa.